Wednesday, December 27, 2006

22 - Report: Sessão 11

Saudações!

Espero que tenham tido uma boa época natalícia. A minha foi sólida, embora atribulada. É essa a minha desculpa pelo atraso do report. Estive muito ocupado. Sim, é isso.

Bom, cá vai ele. Como disse, é o último desta primeira parte da campanha. Em princípio devemos reatar algures em Fevereiro.

Os nossos heróis conseguiram escapar do armazém. Os monstros que os perseguiram nos túneis não pareceram interessados(ou capazes?) em segui-los na superfície. Doc agarra o cadáver do feiticeiro do armazém para que, com a ajuda de magia, o possam interrogar. Doc fica para trás a criar alguns pergaminhos que poderão vir a ser úteis.

No dia seguinte, já recuperados da maior parte dos ferimentos, vão ao enclave Canith explicar a actual situação. Lá, com o auxílio dum Clérigo, interrogam o feiticeiro morto. Ficam a saber que o culto planeia abrir o portal às 3 da tarde do próximo dia, no seu próprio covil, por baixo do labirinto cheio de aberrações. O Jorrasco encontra-se lá na preso, na câmara de rituais. Por baixo dessa câmara habita o sumo-sacerdote do Culto. Sem ele, o ritual é impossível.

Algumas horas depois, reúnem-se com os Deneith para planear o próximo passo. A Casa Sivis, contactada pelos Canith após ouvir o relato sobre os monstros, conseguiu algumas informações sobre eles. Aparentemente, as criaturas - chamam-se Dolgrims e Dolgaunts - são restos dum exército que foi criado há milhares de anos aquando uma invasão de seres de doutro plano. O plano fica então delineado. Os Deneith irão lançar um ataque directo ao labirinto. Isso deverá ocupar os Dolgs tempo suficiente para o grupo penetrar na zona do culto e impedir o ritual.

No dia seguinte, ainda de madrugada, os nossos heróis penetram novamente no labirinto. Com alguma sorte, conseguem evitar patrulhas. Quando estão a passar por uma ponte sobre uma hall enorme, confusão estala. Dolgrims correm por todo o hall em direcção às várias saídas. Sons de combate e gritos ouvem-se por todo o lado. Os Deneith começaram o seu ataque.

Com os Deneith a ocuparem o grosso das forças inimigos, o grupo tem pouca dificuldade em avançar cada ver mais para dentro do covil. Eventualmente chegam a uma grande portão de ferro com uma estranha inscrição, referente a uma Rainha e um sacrifício de sangue. Para lá do portão encontra-se um salão com um altar e um trono. Está, no entanto, vazio. Explorando o salão, encontra uma pequena divisão onde está uma jaula de madeira vazia. No solo está uma estranha runa coberta de sangue. Skaar prova-o. "Halfing..." Chegaram demasiado tarde para salvar o agente da casa Jorrasco.

Para lá do trono encontra-se outro portão de ferro. Transpõe-no e encontram-se numa sala com várias estatuetas grotescas de demónios. Vários cultistas encontravam-se ali a rezar. O combate é rápido e os cultistas nunca tiveram hipótese. Explorando a sala, encontram uma escadaria para baixo no seu centro e uma mecanismo por detrás das estátuas. Infelizmente, ao activá-lo acordam duas gárgulas que estavam presas ao tecto. As armas mostram-se ineficazes contra a pele de pedra das criaturas. Hareth, que possuia setas mágicas consegue feria-las no entanto. Os outros utilizam óleos que os Canith lhes deram nas armas e conseguem o mesmo efeito. As gárgulas acabam despedaçadas no chão.

Descem a escadaria e vão dar ao que é muito provavelmente a câmara do Cultista-mor. Além duma pequena cama, existem livros por todos os lados, bem como pequenos objectos usados em rituais - velas, adagas, sangue de sabe-se lá o quê, etc. No centro está uma pequena piscina de água. Vasculham por todo o lado mas não encontram nada. Com mais nada a explorar, Skaar decide tentar a piscina. Atira um punhal lá para dentro. Este atravessa a água como se ela não estivesse lá. O meio-orc agarra-se a Doc e enfia a cabeça dentro da piscina.

Era uma ilusão. No interior da piscina pode-se andar e respirar normalmente. No centro, há um pequeno buraco que dá para uma pequena câmara onde um homem vestido com robes negros - o cultista! - aparenta estar a descansar. Saltam para lá de imediato. Mas o homem não estava a dormir. Ergue-se de imediato e enfrenta-os.

Apesar do elemento surpresa, os nossos heróis ficam em desvantagem rapidamente. Primeiro, um segundo homem surge duma passagem na parede. Está vestido com couro negro e tem uma garra de ferro como arma numa das mãos. Depois, o cultista consegue imobilizar Skaar com um feitiço. Mas Hareth faz o mesmo ao homem da garra. Doc aproveita para lhe desferir um golpe fatal. Entretanto Ciangral continua a lutar com o cultista, impossibilitando-o de fazer mais feitiços. Skaar acaba por conseguir soltar-se e os quatro acabam por ser demasiado para o líder dos cultistas aguentar e ele acaba por cair.


Continua...

Assim termina a primeira parte da nossa campanha. Como já disse, devemos continuar algures em Fevereiro (até lá - exames na Universidade). Quanto ao blog, vou ver se o mantenho activo entretanto mas não sei se vou ter muito tempo para isso.

De qualquer modo, espero que tenham gostado da viagem até agora. E, se não for antes, vemo-nos em Fevereiro.

Rolem vintes,
-Skaar

Friday, December 15, 2006

22 - Report: Sessões 9 e 10

Bem, cá estamos nós. Duas sessões, um report. Optei por compactar bastante as coisas. Com isto, ficamos a 1 sessão (e 1 report) de acabar a primeira parte da campanha.

Passaram-se algumas horas depois dos eventos no armazém...

Hareth, Skaar, Ciangral e Doc dirigem-se ao enclave dos Canith a fim de relatar o que descobriram e também de interrogar o assassino capturado. Wyneth recebe-os e após algumas discussões de cariz financeiro (o grupo entende estar a ser mal pago) ausenta-se para preparar o interrogatório. Durante este período o grupo aproveita para comentar entre si a situação. Hareth, ao ouvir falar de demónios, conta que conseguiu ouvir alguma conversa dos seus captores e revela que a situação é pior do que pensavam. O Culto planeia abrir um portal para Khyber em Sharn nos próximos dias. Planeiam usar apenas 5 placas, das quais já têm 3 activadas. Hareth oferece-se então para se juntar oficialmente ao grupo para ajudar na luta. Todos concordam mas Ciangral faz notar que a recompensa de Hareth não sairá do bolso dele. O elfo irrita-se e chama-lhe chulo (?). Os ânimos exaltam-se cada vez mais e acabam por decidir fazer duelo na manhã do dia seguinte. Algum tempo depois, Wyneth surge com notícias. Vão ao enclave Deneith onde interrogarão o prisioneiro. Também serão pagos lá.

No enclave Deneith são recebidos por um humano chamado Jany que Gareth ou um dos outros teria reconhecido. Mas agora ninguém o conhece. São levados a uma sala onde é aplicada magia ao prisioneiro para o obrigar a responder às questões. Ciangral não quis tomar parte do interrogatório e foi deambular pelo enclave. Skaar preferiu ficar sentado a um canto com ar aborrecido. Doc e Hareth fizeram as perguntas. Eis o que o assassino disse:

- A guilda é conhecida como Tharandar. Têm uma base nos guetos da zona oeste de Sharn. Numa zona com um pilar partido.
- O próximo alvo é a Casa Jorrasco. Vão atacá-los nos próximos três dias.
- Não sabe nada sobre o Culto. Apenas o seu líder, Garra de Ferro, tem contacto com eles.
- Quando tiverem cumprido a missão nos Jorrasco, planeiam atacar a Casa Orien.
- O assassino reconhece Hareth como sendo um elfo que os andava a seguir. Foi isso que o raptaram. O elfo reage a esta informação em particular com alguma satisfação.

Sem mais perguntas a fazer, o grupo decide sair do Enclave. Wyneth irá avisar os Jorrasco e Orien dos ataques. Os nossos heróis decidem dar o dia por terminado e vão para a sua estalagem. Amanhã é um dia grande.

De manhã cedo Ciangral e Hareth vão para o seu duelo. Doc acompanha-os para servir de árbitro. Skaar fica na estalagem a curar a bebedeira da noite anterior. Os três encontram uma zona discreta. Hareth e Ciangral tiram as suas armaduras e o duelo inicia-se. Apesar de Harteh ter arrancado com bons ataques, a experiência e habilidade superior de Ciangral acabam por fazer a diferença e o elfo é derrotado. No fim, Hareth mostra ter desportivismo ao curar as feridas a Ciangral. Com a disputa resolvida, voltam para a estalagem para irem buscar o Skaar.

Na estalagem, após despertarem o meio-orc, Wyneth tem más notícias. Os Tharandar já agiram. Um portador de marca da Casa Jorrasco foi raptado. Tudo leva a crer que ele foi levado para a zona do pilar partido que o assassino havia referenciado. Devem ir até lá e trazê-lo de volta.

Horas depois e após partir umas quantas cabeças nos guetos em Sharn, os nossos heróis estão à porta duma estalagem degradada que, supostamente, serve como base do Culto. Skaar derruba a porta a pontapé e berra "Viemos buscar o Jorrasco! Querem fazer isto a bem ou mal?!" No interior (que se parece mais com um armazém que com uma estalagem) estão apenas dois homens vestidos com trapos. A sua única resposta é sacar das espadas. Durante o combate surge um terceiro homem no andar de cima e começa a lançar feitiços (um Lightning Bolt para ser preciso) sobre o grupo cá em baixo. Mas mesmo assim, os nossos heróis conseguem triunfar. Após o combate investigam os dois andares da 'estalagem'. Encontram um alçapão. Skaar, encostando o ouvido ao alçapão, ouve várias vozes a falar um língua qualquer desconhecida.

Decidem entrar. Lá dentro encontram-se umas criaturas de quatro braços pequenas mas estranhíssimas (são Dolgrims - ver imagem). As criaturas, que conversavam entre elas na estranha língua atacam de imediato. O grupo consegue vencê-las apesar das suas armas se revelarem pouco eficazes a cortar a pele dura das criaturas. Quando a batalha está quase vencida, surge dum túnel lateral uma nova figura com tentáculos. Do tamanho dum homem mas em nada parecido com ele (trata-se de um Dolgaunt - ver imagem). Este revela-se muito mais poderoso que os pequenos. Prende os heróis com os tentáculos maiores e consegue sugar-lhes a vida ao atravessar-lhes o corpo com os menores. No entanto, também ele acaba derrotado.

Um Dolgrim:


Um Dolgaunt:

No fim da luta, e mesmo estando esgotados, os nossos heróis decidem continuar caminho e avanço pelo túnel donde o Dolgaunt tinha vindo. Embrenham-se num imenso labirinto de túneis e catacumbas. Ciangral decide iluminar a sua espada que fica a brotar uma luz muito poderosa. Eventualmente chegam a um corredor com vários acessos laterais. Começam a explorá-lo e dão de caras com vários Dolgrims. Todos eles estavam ocupados com picaretas a abrir novas passagens. Com o elemento de surpresa do seu lado o grupo não deixa escapar nenhum. Eventualmente descem uma escadaria e vão dar a uma sala com três acessos. Massacram os Dolgrims que se encontravam a escavar lá. Enquanto decidem que caminho tomar, são surpreendidos por vários gritos estridentes duma das divisões laterais. Instantes depois dezenas de Dolgrims surgem em duas das portas. Skaar e Ciangral tentam contê-los a custo enquanto Doc tenta abrir a terceira porta. De repente, essa mesma porta abre-se e surge um Dolgaunt.

Enfraquecidos e com uma séria desvantagem numérica os nossos heróis optam por uma retirada estratégia antes que fiquem assoberbados pelas aberrações. Segue-se uma correria desenfreada pelos túneis. Eventualmente conseguem chegar à estalagem donde partiram. Skaar, o mais rápido e que chegou lá primeiro, empurra vários caixotes para cima do alçapão.

"Aquilo deve atrsá-los... Espero."

Está feito. Como podem ver, tivemos a nossa primeira 'derrota'. O Boss a que me referi há algum tempo é o Dolgaunt. Acreditem que o menino deu bastante trabalho a abater. Amanhã, como já disse, é a última sessão deste primeiro arco. Espero que a batalha contra os Dolgs corra melhor.

Rolem vintes,
-Skaar

20 - Perdido e Achado

As notas reapareceram. Visto que tenho dois reports para escrever, vou combiná-os num só.

Aguardem...

Rolem vintes,
-Skaar

Monday, December 11, 2006

19 - Problemático

Infelicidade das infelicidades. As notas da sessão da semana passada foram extraviadas. Isso vai atrasar o report indefinidamente. Lamento.

Rolem vintes,
-Skaar

Friday, December 08, 2006

18 - Relatório duma Revolução

"Revolution is but thought carried into action." - Emma Goldman

Que estilo! Bem, cá está o mui badalado relatório de mudanças. É comprido por isso saltamos já para ele.


As Personagens:

Lei - foi um falhanço de todo o tamanho. Ela nunca teve grande interesse no jogo, para ser sincero. Não quero parecer elitista mas convém ter uma certa mentalidade para se gostar de D&D. A Lei não a tinha. Meteu-se nisto por curiosidade e enfim... já se sabe o que essa fez ao gato. Foi substituída pelo Hareth.

Hareth - já tem bastante mais aquela mentalidade de que falei. Lê fantasia, jogou RPGs em PC/Consola... enfim, tem o bichinho, como se diz. É um elfo de Aerenal. Clérigo do Undying Court. Já tem uma história definida para o personagem. Interessante, embora um pouco lugar-comum. No que toca a RP, as coisas vão andando. Ainda tá a aprender mas vai bem. O único mal é que o personagem, em muitas ocasiões, não parece mesmo nada um elfo. Mas isso, com o tempo vai ao sítio.

Korlak/Skaar - tanto andei às voltas e acabei por voltar ao início. Quando a Lei apareceu com o seu novo conceito, eu ofereci-me para ceder-lhe a classe. Na altura achei que não ia ter problemas em arranjar outra personagem. Enganei-me redondamente. Apesar das várias tentativas (e acreditem que pensei em muitas mais do que as que apareceram na campanha- um Psychic Warrior Kalashatar, Um Warblade Hobgoblin, Um Gnomo Artificer...) nunca arranjei nada decente. O único a que achei piada foi ao Korlak, o druída. Mas só curtia os aspectos mecânicos e de combate. Em termos de RP, nunca consegui fazer nada de jeito com ele. Assim, quando a Lei saiu, decidi voltar ao Skaar. E ando todo contente outra vez. Andava a curtir muito o personagem quando ele saiu e isso não se perdeu. Mecanicamente também ando a curtir ser a besta da linha da frente com o machado enorme que faz imenso dano. O timing foi um bocado infeliz visto andarmos em Sharn e a cidade ser um lugar um bocado complicado para ele. Mas, quando sairmos, vou começar a fazer de batedor e etc. Bons tempos...

Gareth/Doc - anda a trabalhar no seu post sobre o assunto. Para já, digo que ele é um jogador que se cansa de personagens com alguma rapidez por isso a mudança não chocou ninguém. O novo personagem também está muito porreiro. E muito forte em combate. O RP é que ainda está em processos de afinação. Os Warforged são difíceis.

Gwenalôr/Ciangral - não há muito a dizer aqui. Pura e simplesmente a personalidade do Gwenalôr era péssima. Embora a ideia de jogar um elfo anti-social tenha o seu apelo para alguns (pessoalmente, odeio elfos) a verdade é que isso deixa muito poucas oportunidades para fazer RP. O Gwen passava as sessões a lutar, bater caminho/seguir pistas ou então tava sempre calado sem fazer nada enquanto os outros falavam. Quando passamos para Sharn onde deixamos de precisar dum batedor, a coisa ainda piorou. Houve uma altura em que só estavam o Korlak e o Gwen na party e não se fez nada. Isso (e outros momentos) acabou por mostrar que o personagem era mesmo muito limitado. O Ciangral é o oposto disso. É um Swashbuckler Aasimar (oooh), o que abre logo uma data de portas no que toca a interacção social - bem mais útil e versátil o do que ser o batedor. Este Swashbuckler em particular é também um mulherengo decadente com altos sentidos de estética. A mudança cumpriu sem dúvida o objectivo. O Ciangral falou mais em 2 sessões que o Gwenalôr em 7.


A Campanha:

Com tanto personagem a entrar e a sair, era óbvio que a campanha corria riscos. O principal era o que o fio da história se perdesse e que o novo grupo não tivesse motivação para seguir na missão. É claro que os jogadores podem forçar essas coisas mas fica a parecer isso mesmo... forçado. Felizmente, conseguimos resolver esses problemas.

O problema de continuidade fui resolvido com aquele momento muito Deus Ex Machina em que o Korlak, com o seu último fôlego, pede ao Doc que continue a missão. Felizmente que o Gareth já tinha saído para o Templo. Quanto à motivação, tanto o Skaar como o Ciangral são aventureiros por contrato por isso bastou algum dinheiro para os pôr a mexer. Já o Hareth tem os seus motivos para lutar contra o Culto, que se tornarão claros mais tarde.

Também é bom sermos quatro jogadores de novo. E termos linha da frente. O DM andava com dificuldades para arranjar encontros interessantes para o grupo de três nas últimas sessões. A quatro já lhe é mais fácil. Aliás, tivemos 'Boss Fight!' na última sessão.

Feitas as contas, todas estas mudanças acabaram por fazer bastante bem à campanha. Temos um grupo cheio, relativamente equilibrado (muito virado para combate melee). Espero que fique assim até ao fim.

Rolem vintes,
-Skaar

Monday, December 04, 2006

17 - Cenas

Estava eu todo contente a jogar WoW antes de ir nanar quando o servidor se lembra de morrer. Por isso, vim para aqui queimar tempo. Algumas coisas a falar então:

1- O nosso novo jogador, o Hareth já andou por aí a escrever. Para quem não lê os comments, está aqui.

2 - A nossa campanha já tem nome. Aliás, parece que sempre teve mas o DM não queria estar a chibar informações antes do tempo. De qualquer modo chama-se...

The Rise of the Dragon Below

Simpático, hem? Quanto ao inglês, não me perguntem. Embora também tenha esse hábito. Hmm... talvez valha a pena pensar nisso.

3 - Não, o post sobre a revolução não está pronto.

4 - Os reports continuam a ser algo que eu acho que tem de ser trabalhado. Por um lado, são demasiado compridos. Mas, por outro, também não quero que sejam aborrecidos como o primeiro foi. Se alguém tiver ideias brilhantes...

Isto chega por agora. Vou dormir.

Rolem vintes,
-Skaar

Friday, December 01, 2006

16 - Report: Sessão 8

Gostaria de aproveitar esta ocasião para dizer que o Doc é um gajo fixe. Quase estou arrependido de ter mandado a boca do "... senhor chamado Gareth Edge". Quase.

Enfim, como ele disse, vai mudar muita coisa. Aliás, eu também já o disse. Bom, tudo isso se passa hoje. Agora é o momento! Chegou a hora! Este é o report!

Passou-se uma hora desde o massacre na casa de Isildrath. Doc move-se por Sharn, de regresso a esse mesmo lugar. Com ele está Dhurlak, veterano membro da casa Canith com muita experiência em lidar com a lei e os Inquisidores de Sharn. Isildreth pediu a Doc que o fosse chamar para ajudar a controlar a situação em volta do assassinato do pai. Mas um choque aguarda-os quando chegam à casa. Toda a gente está morta. O assassino capturado, o próprio Isildreth, Gwenalôr e Korlak - este último ainda vive, mas por pouco tempo. Doc aproxima-se do meio-orc, que tosse sangue por todos os lados. Uma enorme corte desfez-lhe o estômago e sabe-se lá mais o quê. A sua loba, Ruby, está morta ao lado dele. Com esforço, Korlak fala: "As placas... tens de as proteger cough... minha mochila..." é interrompida por novo ataque de tosse mas consegue dominar-se e profere as suas últimas palavras:
"Pro... cura Gareth Edge... o templo da Legião..."
Doc vai à mochila do meio-orc. Dela retira uma pequena placa metálica de adamantite. Retira também uma estátua dum demónio semelhante à que viu os seus colegas esmagar há algumas horas. Esmaga-a mas esta também se encontra 'vazia' - apenas sangue no seu interior.

Momentos depois, Doc percorre Sharn em direcção ao templo da Legião Soberana. Deixou Dhurlak na casa de Isildrath para tratar da situação. Quando chega à massiça entrada do templo, depara-se com uma estranha cena. Um meio-orc grande e sujo berra freneticamente com um humano que é obviamente servo do templo. Um outro humano, de aspecto invulgarmente belo e bem arranjado, contempla a cena encostado a um dos pilares. Doc não consegue perceber grande coisa do que se passa. O meio-orc berra muito mas não diz grande coisa. No entanto, há algo que lhe chama a atenção. O meio-orc referiu-se ao homem como Gareth. Doc interrompe de imediato a conversa. "Gareth Edge?" - pergunta ao homem. "Sim, sou eu. Mas quem é você?" Doc não tem tempo de responder pois o meio-orc vira-se para ele com ar ainda zangado "Eh! Não vês q'eu tava a falar com ele?!". O meio-orc é Skaar, recuperado dos seus ferimentos e com desejos de acertar contas com Gareth e os outros por o terem abandonado. Segue-se uma longa 'conversa' entre os três.

Gareth conta a história por trás das placas e o perigo que elas representam. Doc, determinado a descobrir mais sobre esta ameaça, decide continuar com a missão em que Korlak e Gwenalôr estavam. Skaar, que conhece o Khyber dos seus tempos nas Wastes, junta-se a ele desde que haja pagamento. Gareth decide então contar-lhes a informação que conseguiu apurar servindo-se dos recursos do templo. Os Cultos do Dragão Abaixo têm alguma presença e apelo na classe pobre de Sharn. Se visitarem os guetos no nível inferior talvez consigam encontrá-los. Além disso, estão próximos da altura do ano em que os Cultos têm um importante ritual a realizar. Gareth não sabe mais detalhes. Cabe a eles descobrir isso. De qualquer modo, deve haver mais actividade do que o costume, o que facilitará a busca. Por fim, Gareth tem também uma pista acerca dos assassinos que o Culto costuma empregar. Pelo seu estilo de luta e aspecto, Gareth concluiu que se trata duma guilda de assassinos sediada em Sharn. Talvez se os encontrem consigam respostas.

Depois da reunião com Gareth, Skaar apresenta Doc ao humano que se encontrava no templo a observar a cena. Trata-se de Ciangral, um mercenário aventureiro, com quem Skaar fez alguns trabalhos para pagar a sua ‘conta’ no templo onde o tinham deixado em Wroat. Como Ciangral também se encontra sem trabalho junta-se a eles. Enquanto os três tentam planear o seu próximo passo, Ciangral sugere, visto que ainda têm dinheiro para gastar, ir a uma estalagem e procurar companhia feminina. Doc explica que para os Warforged isso é impossível e Skaar diz que, sendo meio-orc, não tem grande sucesso com as miúdas. Ciangral sugere então um bordel mas Skaar opõe-se novamente dizendo que lhe costumam cobrar demais. Mas acabam por decidir visitar umas tabernas nos guetos à procura do rasto do culto, mulheres ou sarilhos – um plano que consegue agradar a todos.

Algum tempo depois, já nos guetos, os nossos (novos) heróis palmilham as ruas à procura de tavernas com a combinação certa de bom e mau aspecto. A primeira em que entram é um falhanço. O vinho é mau, a bebida mais forte da casa sabe a agua e dois bêbados semi-inconscientes são os únicos outros clientes. Decidem mudar de lugar pouco depois. Ciangral leva-os a uma taverna que já visitou anteriormente (Sharn é a cidade onde vive e a partir da qual opera. Conhece imensas tavernas na cidade). Embora a bebida e a companhia feminina sejam melhores, nem sinais do culto ou sarilhos. Mas a sorte bafeja-os. Da sua mesa, Doc e Skaar reparam num homem vestido com couro negro e uma máscara a passar na rua. Vão atrás dele de imediato. Ciangral deita umas moedas para a mesa e segue-os.

Na rua, vêm o assassino seguir o seu caminho. Skaar, o mais rápido dos três, corre atrás dele, derrubando tudo à sua passagem. Os outros seguem o trilho de devastação aberto pelo meio-orc. Mas a confusão alerta o assassino que acelera o passo e dobra uma esquina para uma ruela. Skaar surge na esquina a tempo de ver o assassino parar e bater a uma porta. O meio-orc corre na direcção do assassino de imediato. A porta abre-se e ele entra mas ainda leve com o enorme machado de Skaar nas costas. De seguida o meio-orc larga o machado e investe contra a porta, impedindo-a de fechar. Mas está agora no interior duma espécie de armazém, desarmado e encostado a uma porta. O assassino e vários homens em trapos e com espadas atacam-no. Felizmente, Ciangral surge em seu auxílio. Chuta o machado caído para as mãos de Skaar, com uma cambalhota ágil, entra no armazém e brande o seu sabre contra o inimigo. Momentos depois, Doc finalmente se junta à luta. A batalha é frenética mas os nossos heróis acabam por conseguir vencer apesar da desvantagem numérica.

Após o combate Doc, apesar de ter pouca familiaridade com ‘reparar humanos’ consegue estabilizar as feridas do assassino de couro que, sem a sua máscara, revela ser bastante novo. Talvez demasiado novo para um combatente tão habilidoso. De qualquer forma, Doc põe-no ao ombro e decidem levá-lo com eles para o interrogar. Mas antes, revistam o armazém e os seus inimigos. Encontram um alçapão que dá para um túnel escuro. Avançam por lá. Skaar não tem problemas, graças à sua metade orc. Ciangral, estranhamente, também se orienta perfeitamente nas escuridão. Doc, por seu lado, cambaleia atrapalhadamente mas consegue seguir os outros dois.

O túnel desemboca numa estranha sala com um altar onde está uma estátua bem grande dum demónio com braços enormes e que faz lembrar uma espécie de gorila. Ciangral encontra um pequeno dispositivo na parede que faz acender várias tochas em redor da sala, iluminando-a. Exploram a sala e encontram uma espécie de placard onde estão listados várias datas de rituais. Mas não perdem grande tempo com isso pois encontram uma jaula por trás do altar onde está preso um elfo vestindo apenas uma túnica. Não perdem tempo em soltá-lo.

O elfo, chama-se Hareth Mulon, conta que estava a andar por Sharn quando foi raptado e atirado para esta jaula. Quando lhe explicam que os seus atacantes estão mortos e que ele está livre, o elfo decide retribuir, revelando os seus poderes divinos e usando-os para curar Skaar e Ciangral. Olhando em volta, Hareth encontra uma armadura, escudo e espada atirados a um canto. “É o meu equipamento. Importam-se de se virar enquanto eu me mudo?” – os outros obedecem de imediato. Pouco depois, o elfo diz: “E então? Vamos lá?”

Com isto, espero sinceramente que tenham terminado as grandes revoluções na nossa campanha. Como se anunciava, a Lei acabou por sair da campanha. Quer como personagem quer como jogadora. Foi substituída por outro rookie - o Hareth. Vai ter direito a um post sobre ele um dia destes. Ou de escrever aqui, caso queira. Como fez o Doc, gajo fixe.

Falta agora o tal sumário/explicação. Quem sabe até se não o escrevo este fim de semana. No entanto, eu estou meio morto e as minhas promessas de fim de semana têm o péssimo hábito de não se cumprirem. De qualquer modo, novo post para breve.

Rolem vintes,
-Skaar

15: Report: Sessão 7

Bom, olá.
Aqui estou eu, Doc (anteriormente conhecido como Gareth Edge, o clérigo). Como já sabem, fiquei de escrever o report desta sessão. Espero que gostem.

Após a violenta batalha com o necromante e uma busca rápida por pistas e objectos de valor no acampamento inimigo, os nossos heróis decidem proceder com a missão de recuperar a placa que sabiam agora estar escondida no cemitério.

Enquanto se dirigiam para o cemitério, o nosso grupo de aventureiros ouve uma voz (nada reptiliana) berrar algo em dracónico. De repente, são emboscados por um grupo de homens lagarto que os atacam sem misericórdia. Porém, os nossos heróis derrotam-nos facilmente e sem qualquer problema.

Quando finalmente chegam ao cemitério, o grupo dá de caras com mais um homem vestido com uma armadura de couro negro a abandonar a cripta que eles tinham investigado há pouco tempo. Surpreendido com a presença dos nossos heróis, o assassino bate em retirada para o interior da cripta.

Korlak decide bloquear o túnel que os homens lagarto haviam cavado para aceder ao túmulo enquanto Gareth e Gwenalôr perseguem o inimigo. Jany fica para trás a guardar a entrada do mausoléu.

Apesar dos seus esforços, Gareth e Gwenalôr não conseguem encontrar o seu alvo no interior da cripta. Após falarem com Korlak, descobrem que ele também não viu sinal dele. O ranger decide tentar rastrear a sua presa, mas pouco após encontrar vestígios da sua presença, o agente da casa Deneith berra por ajuda: o assassino conseguiu surpreendê-lo ao irromper de repente do interior da cripta e saltar agilmente a barricada do cemitério.

Devido à sua capacidade de se mover agilmente por entre a vida selvagem abundante da floresta, Korlak é o único a chegar à entrada do cemitério e ver o homem de negro a embrenhar-se na floresta. Com a ajuda da loba do druida, os nossos heróis conseguem rastrear o homem até à estrada… Mas, infelizmente, tarde demais. Quando eles lá chegam, já ele vai num cavalo a afastar-se rapidamente.

Gareth, frustrado, bate com o seu martelo na cara de Jany, culpando-o pelo falhanço da missão.

De volta a Zilspar, os heróis informam o chefe da aldeia que apesar de terem falhado na sua missão, a aldeia já não estará sobre risco: O objectivo das criaturas que os atacavam já foi levado para longe. Lei, porém, decidi ficar na pequena aldeia e protegê-los.

Os nossos heróis separam-se então de Lei e de Jany, que volta para o enclave Deneith, e seguem caminho para Sharn.

Ao chegar à cidade, Gareth pede para ir ao Templo da Legião Soberana. Lá, fala com um seu superior e pede para voltar a servir a Igreja directamente. Após ser aceite de novo no Templo, informa o grupo de que os vai abandonar mas que tentará convencer o a Igreja a ajudá-los nos seus objectivos.

Os heróis seguem então para a Casa Canith onde são informados de que o homem que foi assassinado era um membro da Casa chamado Merith. Foi morto nos seus aposentos. Porém, um warforged que servia como seu assistente pessoal sobreviveu ao ataque e estava naquele momento em reparação.

Korlak decide abandonar o enclave para apanhar um pouco de ar, mas Gwenalôr aguarda para conversar com o warforged. Passadas algumas horas, dois guardas surgem na sala na companhia de um warforged de cor escura, vestido num casaco comprido e com vários cintos com bolsos presos ao peito.

O constructo apresenta-se como sendo Doc, um warforged artificer que era o assistente pessoal do falecido Merith. Ele descreve o que conseguiu ver do assassino antes de desmaiar: um homem mascarado, vestido com uma armadura negra. Algo muito familiar para os nossos heróis.

Doc decide auxiliar o grupo na investigação.

Ao sair do enclave, Korlak mostra-se extremamente desagradado com a ideia de ter o warforged no grupo, pois vê-o como uma aberração. Porém, após muita insistência da parte de Gwenalôr e de Doc, aceita o novo membro do grupo.

Os nossos heróis decidem então passar a noite numa taverna, para descansar da viagem. Quando lá chegam, Doc e Korlak discutem novamente. Porém, antes de terem qualquer tempo para descansar, são abordados por um feiticeiro da casa Deneith que os informa do assassinato de mais um membro da Casa Canith.

Pouco tempo depois, chegam à cena do crime acompanhados por Isildreth, o filho da vítima. Mais uma vez, o corpo está deitado num runa desconhecida e o seu sangue parece ter escorrido para dentro de uma estátua demoníaca. Decidem chamar um clérigo para falar com o falecido, mas pouca informação nova conseguem descobrir do relato do espírito. Korlak decide destruir a estátua, mas não encontra nenhuma placa no seu interior.

De repente, apercebem-se do som de alguém a entrar na casa. Os três aventureiros posicionam-se de maneira a proteger Isildreth.

A sala é de repente invadida por um grupo de atacantes, incluindo um dos assassinos já familiares aos nossos heróis. Os oponentes mostraram ser bastante duros, mas após uma longa batalha, foram derrotados sem conseguirem matar nenhum dos heróis. O assassino, felizmente, sobreviveu à peleja… Os nossos heróis tinham agora alguém que podia dar algumas respostas sobre o sucedido.


E cá está. Como podem ver, o meu clérigo foi substituído por um Warforged Artificer. Mas calma... Há muitas mais mudanças na próxima sessão.

Bom, até uma próxima vez.

-Doc

Thursday, November 23, 2006

14: Auspícios

Esta semana voltamos a jogar. Ainda não há report porque um senhor chamado Gareth Edge falou que o iria escrever. Aguardem.

Quanto à sessão, voltamos apenas a ser três. Após várias faltas consecutivas a Lei recebeu uma espécie de ultimato - abandona a campanha ou joga regularmente. A ver vamos como reage. Por outro lado, as mudanças de elenco continuam por todo o lado. Aquela de que falei há umas semanas já se verificou, como verão no report. Mas outras vão surgir em breve. O Gwenalôr irá provavelmente ser substituído. E o Korlak, apesar de toda aquela treta sobre druidas serem fixes, também. Se assim for, e, dependendo do que a Lei fizer, poderemos ficar sem um único membro original da party na campanha. Uma coisa sempre chata para um DM pois surgem sempre aqueles problemas de continuidade do género: "Aquele gajo que vocês tinham encontrado em Zilspar"; "Uh... não foram estes personagens que o encontraram." e afins. Por vezes, há também a questão da motivação da nova party para continuar na aventura mas isso não deve acontecer aqui. Além disso, um certo meio-orc que partilha o nome com o autor deste blog é capaz de regressar.

Ou seja, a mudança está no horizonte...

Vou deixar a maior parte correr e quando a campanha, jogadores e personagens estabilizarem novamente escrevo uma espécie de resumo/ponto da situação. Os reports, claro, continuarão a sair.

Rolem vintes,
-Skaar

Tuesday, November 14, 2006

13 - Bleh!

Devíamos estar a jogar agora...

Mas houve falta de jogadores. Provavelmente não se joga esta semana. E eu tão entusiasmado com certas cenas que iam acontecer. É a vida.

Rolem vintes(que nós rolamos 1 esta semana),
-Skaar

Friday, November 10, 2006

12 - Druida

Bem, duma maneira ou doutra, eu ia interromper esta maldita série de reports consecutivos. Andei às voltas durante algum tempo para decidir sobre o que falar. Acaba por ser a classe que estou a jogar. Antes de mais, uma nota: esta campanha é a primeira vez que estou a jogar um druida.

O meu problema com o druida é que se trata duma classe que faz de tudo. É certo que, ao contrário da maior parte dos "jack of all trades" são bons em tudo o que fazem (melee, cura, feitiços de ataque...) mas continuam a ter que se adaptar e mudar de função com frequência. Em D&D eu gosto de jogar personagens com um papel fixo (normalmente o brutamontes da linha da frente ou o mago arcano). Tendo em conta que o druida (sobretudo a níveis baixos) não está especializado em nada (poucos spells, fraca capacidade melee, etc...), a coisa não prometia. Mas, por outro lado, a classe é considerada uma das mais fortes do jogo e eu tenha uma costela de power-gamer bastante forte por isso decidi tentar a minha sorte.

As primeiras experiências não foram nada boas. Tinha poucos spells para usar e escolhi-os mal (aliás ainda ando a fazer escolhas estranhas. Preparar Speak with Animals e depois interrogar pardais... enfim). Como resultado, não fiz um único feitiço durante toda a primeira sessão. Para ajudar à festa, nem eu nem a minha lobinha querida estávamos capazes de acertar uma vaca num corredor. Rolls de ataque abaixo de 10 por todos os lados. No fim da sessão estava numa de "isto foi um erro tremendo. Toca a mudar outra vez." Aliás, até ensaiei um Warforged Fighter mas acabei por decidir manter o druida e forçar um bocado a coisa.

Em boa hora o fiz. Embora ainda haja certas coisas que precise de trabalhar (nomeadamente a selecção de feitiços diária) começo a apanhar bastante melhor o jeito. Uma das coisas que começo a saber é que nestes níveis mais baixo, o Animal Companion faz imensa diferença. Também ajuda que ela já saiba mais uns quantos truques(Atacar, Defender, Procurar, etc...). Por exemplo, uma das nossas tácticas de momento é enviar o Gwenalôr em Stealth para bater caminho e a Ruby, também em stealth, vai a 'protegê-lo'. Os rolls também têm corrido bastante melhor. Somando a isto a lista de spells, que eu vou começando a dominar, e o Wild Shape daqui a uns níveis... há realmente muito poder na classe. Sinto falta de ser o gajo de topo num àrea especializada mas a quantidade de coisas diferentes que posso fazer compensa isso e é uma mudança interessante.

Mas continuo a ter saudades de jogar o meu bárbaro.

Rolem vintes,
-Skaar

Thursday, November 09, 2006

11 - Report: Sessão 6

Ai, ai...

A nossa última sessão não correu lá muito bem. Entre DM cansado e sonolento, jogadores desinspirados e uma ausência... enfim, não se pode vencê-las todas. Bem sei que era suposto ter escrito qualquer coisa entre reports para variar a leitura mas a verdade é que a minha veia criativa estancou na terça-feira. Além disso, vamos ter mais alterações na campanha por isso está tudo um bocado na expectativa. Bem, cá está o report. Não é dos melhores, receio.

Algumas horas depois do ataque de homens-lagarto ser repelido, Gwenalôr chega a Zilspar. O elfo depara-se com uma pira fúnebre cheia de corpos de humanos e lagartos e Gareth Edge que continua a dar um sermão ao chefe da guarda. Reunidos novamente, os nossos heróis explicam a situação ao seu colega élfico e depois decidem explorar o cemitério no dia seguinte. Lei decide ficar na aldeia para ajudar a defendê-la de um eventual ataque.

A viagem até ao cemitério é pacata. O próprio cemitério também aparenta estar pacato, embora o facto de este estar protegido por uma paliçada tenha assustado inicialmente o grupo (a paliçada, no entanto, é bastante antiga e terá sido feita pelos aldeões de Zilspar). No cemitério, por trás de algumas árvores, está uma cripta. Korlak encosta-se à porta para escutar mas não ouve nada. Ordena à Ruby (a sua loba) que fique de guarda enquanto ele, Gareth e Gwenalôr investigam a cripta.

No interior, descem uma escadaria e deparam com outra porta. Do interior desta, ouvem-se sons de pés a arrastar e urros guturais e lentos – zombies! Os três entram de rompante e, enquanto Gwenalôr e Korlak mantêm os zombies ocupados, Gareth invoca o poder da Legião para os reduzir a pó.

A sala, livre de inimigos, é investigada e revela dois alçapões. O grupo divide-se (Gwenalôr e Gareth para um lado; Korlak e o seu mau cheiro a orc para o outro). Descem os alçapões, atravessam uma pequeno corredor e vão ter a um cubículo com uma porta que dá para uma sala grande (os caminhos são idênticos um ao outro). No interior dessa sala, estão mais zombies. Korlak, que chegou primeiro, enfrenta-os de imediato. Gwenalôr e Gareth surgem pouco depois para o apoiar. Quando o grupo tem os zombies praticamente derrotados, surgem vários esqueletos de caixões que estavam empilhados em dois cantos. Gareth, recorrendo mais uma vez ao poder da Legião, transforma-os em pó.

Tendo vencido o combate, os três exploram a sala com mais calma. Uma estátua de pedra dum homem com a mão estendida e as pilhas de caixões são a única coisa relevante. Investiam as pilhas mas a única coisa que encontram é um colar de ouro com uma pedra preciosa (deixam-no lá). Quanto à estátua, parece ser vulgar mas uma análise mais atenta revela que a mão estendida parece ser feita de outro material. Quase como se movesse. Korlak e Gwenalôr tentam puxar, empurrar, agarrar a mão... nada resulta. O elfo tem então uma ideia. Vai buscar o colar ao caixão e deposita-o na mão. A mão recua e entra para a parede atrás. Depois volta ao sítio já sem o caixão. Isto faz com que a parede por trás do grupo se comece a separar em duas até revela um caminho secreto.

Os nossos heróis seguem pelo caminho até chegarem a uma sala cheia de teias de aranha e com um grande buraco num dos lados. Gwenalôr e Korlak rapidamente concluem que este deve ser o covil de alguma espécie de aranhas monstruosas. No centro da sala encontra-se um sarcófago, a sua tampa com sinais de que foi movida recentemente. Korlak desliza-a para trás. No sarcófago está um cadáver. Mas ao seu pescoço, não se encontra nada. O culto já deitou a mão a esta placa. Gwenalôr acerca-se do buraco e analisa-o. Foi cavado recentemente e parece conduzir à superfície. O elfo apercebe-se de pegadas nos arredores do buraco. Pertencentes a humanóides de alguma espécie – talvez humanos. É impossível precisar pois quem as fez estava calçado. Também há pegadas reptilianas. Pertencentes a homens-lagarto provavelmente. É óbvio o que se passou. O culto cavou um buraco até à sala para roubar a placa. Decidem segui-los imediatamente.

Escalando o buraco sem grandes dificuldades (era muito pouco íngreme), os nossos heróis vão ter a uma zona bastante densa da floresta. O cemitério não está longe deles. Korlak chama por Ruby e depois, recorrendo à sua magia druídica, interroga os animais da área – pardais, para ser mais exacto – sobre o que se passou. Os pássaros confirmam as suspeitas do grupo. Humanos e ‘monstros feios com aspecto de lagartos’ chegaram há uns dias, cavaram um grande buraco e entraram lá para dentro. Depois saíram de lá a correr perseguidos por muitas aranhas grandes. Mais tarde voltaram, desceram de novo pelo buraco e saíram pouco depois, desta vez a passo. Foram-se embora e nunca mais voltaram. Korlak consegue ainda obter confirmação que o necromante estava com eles, após algum esforço a explicar aos pardais qual o aspecto do mesmo. O meio-orc partilha as revelações com o grupo e decidem ir atrás dos lagartos e do necromante. Gwenalôr não tem dificuldade em apanhar-lhes o rasto. Seguem-no durante algum tempo, embrenhado-se cada ver na floresta.

Eventualmente, quando estavam a passar por uma zona particularmente densa da floresta, o grupo é atacado por uma trepadeira assassina. Tendo o elemento de surpresa, a planta agarra Gwenalôr e Gareth de imediato. O elfo consegue soltar-se mas Gareth não tem tanta sorte. A vinha espreme-o quase até à morte mas os ataques contínuos de Gwenalôr e Korlak obrigam-na a largá-lo. A planta vira-se então para Korlak e consegue agarra o meio-orc. Mas Gwenalôr, com um último e bem colocado golpe de espada, mata-a. Recuperando-se do sobressalto e curando as feridas, o grupo segue caminho.

Um pouco à frente, o caminho divide-se em dois. Para um lado vão as pegadas humanas. Para o outro, as reptilianas. Seguem as pegadas humanas e, algum tempo depois, avistam uma caverna estranhamente parecida com a que encontraram na há algumas semanas atrás. Parece que este tipo de cavernas é comum na Floresta do Rei. Gwenalôr vai à frente para investigar. Ruby vai com ele, a ordem de Korlak. À entrada da caverna estão dois homens-lagarto. Apesar dos esforços furtivos de Gwenalôr, é detectado pelos lagartos que carregam sobre ele de imediato. Pouco depois, Korlak e Gareth surgem para ajudar. Um dos lagartos é morto com alguma rapidez. O outro berra qualquer coisa em dracónico – “Larguem o prisioneiro e venham ajudar-me!”, de acordo com a tradução de Gwenalôr. Mais dois lagartos surgem do interior da caverna e juntam-se à batalha. Mas nem assim é suficiente. Os lagartos acabam por ser derrotados.

No interior da caverna está um homem amarrado. É Jany Onil da Casa Deneith. Jany explica que veio a Zilspar para os ajudar contra os lagartos. Andou pela floresta durante bastante tempo à procura de informação mas acabou por ser capturado. Quando lhe falam do necromante, Jany diz que sabe onde ele se encontra e concorda em juntar-se ao grupo para o matar. Depois de ter dado as suas explicações, Jany pergunta o que andam aqui a fazer? O grupo explica-lhe que vieram travar o necromante e também recuperar um colar que ele roubou. Jany tem boas notícias quanto a isso. O colar não está com o necromante. Jany soube que eles o queriam e conseguiu tirá-lo do sarcófago antes que o culto lhe chegasse. Escondeu-o num dos cubículos por baixo dos alçapões.

Pouco depois, Jany Onil (com uma espada emprestada), Korlak, Gareth e Gwenalôr encontram-se à porta de uma cabana no meio da floresta – o esconderijo do necromante. “Ó da casa!”- chama Korlak. “Anda enfrentar a justiça!” – conclui Gareth. A única resposta são vários esqueletos a erguerem-se do chão. O combate inicia-se. Os nossos heróis ganham vantagem e destroem os esqueletos. Nesse instante, uma voz brota do meio das árvores: “Não toquem nas minhas criações!”. O necromante, envolto num robe negro revela-se por fim. O grupo ataca-o de imediato. Por baixo do robe, o necromante tem uma armadura metálica. Brande também uma espada com perícia. Mas a vantagem numérica é demasiada e acaba por ser derrotado.

Depois de vencido, o necromante é revistado. Tem apenas moedas de ouro. No entanto, Korlak encontra uma estatueta demoníaca semelhante à que os outros tinham encontrado na outra caverna, aquando o rapto de Lense. O meio-orc coloca-a na mochila, esperando ter uma oportunidade para a examinar. Com o necromante morto, os lagartos – sem líder e reforços mortos-vivos – não representam mais perigo para Zilspar. O quatro começam a caminhada de volta à aldeia, passando no cemitério de caminho para recuperar a placa metálica.


E pronto. Quantos às mudanças de que falei, posso-vos dizer que desta vez não me envolvem a mim. Fico-me fiel ao Korlak. Aqueles que conhecem os jogadores poderão ter uma ideia de quem já se fartou do seu personagem.

Rolem vintes,
-Skaar

Monday, November 06, 2006

10 - Report: Sessão 5

Não quero saber. À 1:42 ainda é fim de semana. Só deixa de ser domingo quando me for deitar. Aqui está o último report, o da sessão da semana passada. O blog está agora actualizado. Esta terça devemos ter a nossa próxima sessão e, se tudo correr bem, vou continuar a manter os reports actualizados. Outro objectivo é o de começar a escrever aqui outras coisas. Afinal, três posts seguidos com reports é dose. Também ando a ver se consigo convencer o DM ou algum dos jogadores a escrever qualquer coisa para aqui. Mas não prometo nada...

Já em Starilaskur, os nossos heróis decidem ir até Trolanport e relatar aos Deneith os que descobriram. Korlak protesta (preferia ir de imediato para as Eldeen Reaches) mas acaba por aceitar ir com eles. Após uma viagem sem incidentes, apresentam-se no enclave Deneith para uma audiência com Grillen. O Deneith ouve o relatório com atenção e depois faz, por sua vez, uma revelação preocupante. Em Sharn, foi morto um membro da Casa Canith que era portador duma Marca de Criação (a marca dos Canith) sangrando até à morte pela própria marca. Apenas uma conclusão se pode tirar daí. O Culto do Dragão Abaixo já tem em sua posse a placa metálica da Marca da Criação e já a activou ou está em posição de a activar. Grillen diz ao grupo que eles devem ir a Sharn para investigar o homicídio. Gareth tem algumas preocupações com voltar ao Sharn devido à maneira como saiu de lá. Ele receia que a Igreja da Legião o investigue e acabe envolvida na situação. O risco é considerado aceitável e Gareth vai mesmo voltar a casa. Como última nota, Grillen pede-lhes que passem por Zilspar (uma pequena aldeia a sul da Floresta do Rei – sim a mesma de há uns tempos atrás) e peçam a Jany Onil – um membro da Casa Deneith que lá está numa missão – para voltar para o enclave.

Já no exterior, Gareth propõe que passem algum tempo de qualidade numa taverna e partam para apenas no dia seguinte. Gwenalôr e Korlak aceitam mas recusam-se a ir à taverna. Lei, no entanto, vai com ele. Na taverna Gareth, que estava determinado em meter-se numa briga com ‘malfeitores’, por pouco não arranja problemas com o Trust, a polícia secreta de Zilargo. No entanto, acaba por se safar da situação quando explica que apenas queria resolver problemas e não causá-los.

De manhã uma carruagem fornecida pelos Deneith aguarda o grupo para os levar na viagem. Korlak explica que Gwenalôr decidiu levar um cavalo e montá-lo. O elfo encontrar-se-á com eles em Zilspar. A viagem decorre de forma bastante tranquila. Eventualmente a carruagem chega ao posto de controlo da aldeia de Zilspar. Os guardas estão bastante tensos e, enquanto revistam a carruagem, explicam que a aldeia tem sido atacada por homens-lagarto. O grupo oferece-se para ajudar (já que têm de passar por Zilspar de qualquer maneira) e pedem para ser levados a Zilspar, à presença do chefe da guarda.

Na aldeia, os sinais de ataques são evidentes. Cadáveres de homens-lagarto espalhados pelo chão, casa queimadas, barricadas improvisadas... O guarda que escolta o grupo leva-os até um edifício maior que os restantes e bastante mais fortificado – a residência do chefe da guarda. São guiados pelo interior, onde descobrem que o edifício é também a prisão - embora as celas estejam modificadas para acomodar os desalojados – até chegarem à presença do chefe. Após lhe explicarem quem são e que vieram para ajudar ficam a saber mais informações sobre o que se passa. A aldeia tem estado sobre ataque dum grupo de homens-largarto há cerca duma semana. Os lagartos parecem estar acampados algures na floresta – pelo menos, é de lá que eles vêm quando atacam. Jany Onil, o Deneith, chegou pouco depois dos ataques começarem para ajudar a acabar com eles. Mas embrenhou-se na Floresta do Rei e nunca mais voltou. Suspeitando que o Culto do Dragão Abaixo possa ter alguma coisa a ver com os ataques, o grupo mostram a placa metálica ao chefe da guarda. Ele não a reconhece mas sugere que talvez o ancião da aldeia saiba alguma coisa e manda um guarda chamá-lo. Instantes depois, ouvem-se sons de combate e gritos no exterior. Um guarda dá o alerta: “Os lagartos vêm aí. Defendam-se!”

Segue-se uma luta violenta entre os homens-lagarto e os defensores de Zilspar, liderados pelos nossos heróis. Durante o combate Kobolds esqueletais surgem da floresta para lutar ao lado dos lagartos. Mas Gareth, recorrendo ao poder divino da Legião, transforma-os em pó. Com essa vantagem os defensores acabam por conseguir vencer os lagartos e repelir o ataque.

Assim que o inimigo é derrotado, Gareth vai falar com o chefe da guarda, furioso por não os terem avisado que havia mortos-vivos. Ao mesmo tempo, Korlak queima os cadáveres dos lagartos e defensores, o que causa problemas com os aldeões que são muito ligados às suas tradições fúnebres e exigem enterrar os seus mortos no cemitério... que fica na floresta. Com muito esforço, Korlak consegue convencer os aldeões a deixarem-no queimar os mortos devido ao perigo que um necromante representa. E é óbvio para ele que um necromante está envolvido. Eventualmente, o ancião de Zilspar faz a sua aparição e consegue tranquilizar um pouco os aldeões e o chefe da guarda que está furioso com a queima dos seus mortos e com os sermões que Gareth lhe tem pregado desde que soube dos mortos-vivos. Quando mostram a placa ao ancião, ele leva algum tempo (o homem parece ter mais de cem anos e é possível que os tenha mesmo) mas acaba por reconhecê-la. Ele sabe que o fundador da aldeia andava com uma placa semelhante ai pescoço. Essa placa reside agora com ele no seu mausoléu.

Os nossos heróis não têm dúvidas sobre o próximo passo. É preciso ir ao cemitério recuperar a placa e pôr o necromante do culto fora de acção. E é o que farão.

Assim que o Gwenalôr chegar.


Está feito. Como podem ver, o Korlak continua na campanha. Em princípio, será ele o substituto final do Skaar (espero eu). Mas falarei mais sobre isso noutro post. Com sorte, será para breve.

Ah sim, não podia fechar isto sem antes dar uma palmadinha nas costas a mim mesmo por chegar aos dois dígitos. É uma estreia na minha carreira como blogger.

Rolem vintes,
-Skaar

Friday, November 03, 2006

9 - Report: Sessão 4

Cá está mais um report. Agora faço uma promessa da qual espero não me arrepender. Este fim de semana espero postar o último report em atraso e ficar finalmente com o blog actualizado em relação à campanha. Bom, cá vai o report.

Os nossos heróis decidem passar a noite na cabana de Harath e partir em busca da água no dia seguinte. Já é tarde e de noite não se conseguirão orientar facilmente. Passam uma noite tranquila mas acordam para receber más notícias. Tomi desapareceu. Harath diz-lhes que o viu escapulir-se durante a noite e pensou que ele ia tentar ir buscar a água sozinho. Os outros têm menos ilusões sobre o que Tomi foi fazer (lembram-se bem do olhar de cobiça que o halfling deitou aos cavalos, deixados na orla). Enquanto tentam decidir o que fazer são surpreendidos pela chegada de outro meio-orc, acompanhado por uma loba. Dirige-se a Harath e diz: “Porque me chamaste de volta?”.

Harath explica que o (novo) druida, Korlak, tinha aparecido no dia anterior à procura de informação sobre o mesmo assunto. Harath achou bem reunir toda a gente para que partilhem informação e, quiçá, trabalhem juntos. O grupo mostra a placa a Korlak e, após partilharem o que sabem e debaterem as suas opções, decidem ir todos à procura da água para Harath.

Assim, Gareth, Gwenalôr, Lei e Korlak partem do pântano e vão para norte à procura da tal nascente. A sua viagem é interrompida por um grupo de caça de Trogloditas mas estes são derrotados facilmente. Eventualmente chegam a uma encruzilhada. Gwenalôr vai à frente bater caminho enquanto os outros esperam. O elfo regressa pouco tempo depois, dizendo que avistou um sátiro. Leva-os até ao local e então os quatro abordam o sátiro. A criatura está desarmada e não se mostra hostil. Pedem-lhe um pouco de água mas, quando lhe dizem para que a querem, o sátiro recusa-se explicando que o crocodilo de Harath já comeu vários colegas seus e eles não estão interessados em ajudá-lo.

O grupo vai insistindo como sátiro para que lhes dê água e este, de repente, dá um encontrão em Korlak (o que falava directamente com o sátiro) e tenta fugir. Mas é apanhado prontamente. Confrontado com violência, o sátiro aceita colaborar com o grupo. Explica que a nascente está escondida e que os vai levar lá.

Pouco depois, o invulgar grupo de cinco avista a nascente, sem mais sátiros à vista. Suspeitando duma emboscada, tentam elaborar um plano. O sátiro oferece-se para lhes ir buscar à água mas quando lhe perguntam como podem confiar nele para que não os traia, revela-se completamente incapaz de dar uma resposta satisfatória. Acabam por decidir pôr o sátiro inconsciente (apesar de imensos protestos da parte deste), amarrá-lo e usá-lo como moeda de troca caso algo corra mal. Assim fazem mas quando chegam à nascente, não acontece nada. Recolhem a água que precisam, deixam o sátiro lá a descansar e vão-se embora, intrigados com a ausência de defensores.

A viagem de volta ao pântano de Harath, inicialmente calma, acaba por ser interrompida por um lobo que salta do mato e, apesar dos esforços de Korlak e Gwenalôr para o acalmar, ataca. O grupo combate mas antes de conseguirem derrotar o lobo, um carcaju selvagem surge por trás deles e também ataca. O lobo é derrotado facilmente mas o carcaju, cada vez mais enfurecido, dá bastante luta. Tem de ser Lei, correndo um risco, a agarrá-lo e imobilizá-lo enquanto os outros o atacam. O plano funciona. O carcaju não se consegue defender dos ataques. Mas arranha e morde Lei com quanta força tem antes de ser derrotado.

Após vencer o carcaju, reparam que um sátiro (o de anteriormente) tinha estado a seguir a luta. Apercebem-se que foi ele quem mandou os animais atacar. Tendo falhado o golpe, o sátiro foge. Mas é novamente apanhado e levado para o pântano de Harath. Uma vez lá, e após Korlak recrutar a ajuda intimidante do crocodilo de Harath, interrogam o sátiro. Este, completamente em pânico: “Não o deixem aproximar-se, por favor! Eu digo-vos tudo!” parece finalmente disposto a colaborar. Ele conta que a nascente não jorra sempre e, por isso, há pouca água. Além disso, certa vez, um macaco gigante destruiu uma data de sátiros e bebeu toda a água da fonte. Os sátiros que o macaco não destruiu foram entretanto comidos pelo crocodilo de Harath. O sátiro que se encontra em frente aos nossos heróis é o último do seu grupo. Tendo em conta o quão patético ele é, decidem soltá-lo. Mas Lei diz que ele é um inimigo e quer matá-lo por isso o sátiro, tomado de pânico, foge para o pântano. Infelizmente, o crocodilo de Harath estava com fome...

De volta à cabana, Harath cumpre o prometido. Ele explica que as placas foram usadas no passado para selar demónios. Se elas forem reactivadas, o que necessita sangue dum portador da marca respectiva, fundem-se todas numa única placa que abrirá um portal para o Khyber, embora seja necessária uma marca de grande poder para o controlar. Harath explica também que fundindo um número menor de placas será também possível abrir um portal para Khyber, embora menor e de duração temporária.

No entanto, há uma maneira de impedir que tais coisas aconteçam. Existe um objecto – Harath nada sabe dele além da sua existência – que tem o poder de anular as placas metálicas, impedindo que se abra o portal. Embora Harath nada saiba sobre este objecto, conta que existe uma seita de druidas nas Eldeen Reaches – os Frostmane – que estiveram envolvidos no processo original de selar demónios com as placas e que poderão saber mais sobre o assunto e até sobre o tal objecto. Korlak diz que já ouviu falar deles e acha-se confiante quanto a encontrá-los. Como nada mais a dizer, entregam a água a Harath que a deita numa tina e a mistura com uma série de pós e ervas. A água adquire um tom roxo e brilhante. Harath mergulha lá o seu braço dilacerado e ele começa a curar-se. A carne volta a crescer, a pele refaz-se à volta dos buracos e algum tempo depois o meio-orc tem o seu braço vivo novamente. Despedindo-se de Harath, o grupo parte para Starilaskur para planear o próximo passo. Korlak decide viajar com eles até esta ameaça ser eliminada. Lei, Gareth e Gwenalôr aceitam a ajuda do meio-orc.


Está feito. Que acham? A propósito, fazer comentários é de graça por isso estão à vontade.

Rolem vintes,
-Skaar

Saturday, October 28, 2006

8 - Report: Sessão 3

Promessas, promessas... pra que é que eu as faço? Depois de dizer que o report aparecia, na pior das hipóteses, na segunda acabo a só o postar hoje. A verdade é que tive uma semana bastante ocupada e nunca consegui arranjar tempo suficiente para me sentar e escrevê-lo. Vou ver se consigo melhorar este aspecto, que os reports estão quase sempre atrasados. Bem, já chega de desculpas. Cá está ele.

Os nossos heróis passam uma noite relativamente tranquila. Na manhã seguinte visitam o templo mas as notícias são as mesmas. Assim sendo, acabam por aceitar que Tomi se junte a eles. Precisam de mais gente para cumprirem as suas missões. É pena não se arranjar nada melhor que um halfling de pouca confiança.

Mais tarde, partem para Trolanport numa carruagem particular. A meio do caminho, são atacados por bandidos com um cão de guerra. Quando o cocheiro se recusa a parar é abatido de imediato. Gwenalôr, que ia ao lado dele, consegue dominar os cavalos mas acaba também por ser derrubado. Gareth sai disparado da carruagem e enfrenta os bandidos directamente. Gwenalôr acaba por se recompor e enfrenta o cão. Tomi passa a maior parte do tempo a lançar setas do interior da carruagem. O combate é longo mas nunca sem perigo real. Eventualmente os bandidos são derrotados, Gareth cura o cocheiro e a viagem para Trolanport prossegue sem mais incidentes.

Chegados a Trolanport, os nossos heróis dirigem-se ao enclave dos Deneith. Lá são recebidos pelos guardas e rapidamente obtêm uma audiência com Grillen. São também informados que a Lei está no interior à espera deles, o que assusta bastante o Tomi até lhe explicarem que Lei se trata duma pessoa e não da lei que o costuma querer prender.

São então conduzidos a uma sala onde Grillen os aguarda. O Deneith mostra-se agradado com o sucesso do grupo e paga-lhes a recompensa devida. Após ordenar que Lense seja levado para descansar, Grillen troca informações com o grupo. Infelizmente, nenhum dos lados parece ter algo de realmente útil. No entanto, Grillen fica intrigado com a placa metálica encontrada no interior da estatueta. “Este símbolo é-me estranhamente familiar.”- diz ele. Não se conseguindo lembrar de mais, Grillen sugere que consultem um gnomo chamado Lokkar que mora em Trolanport, na parte norte da cidade. Lokkar é famoso pelo seu conhecimento enciclopédico sobre tudo e mais alguma coisa. Os Deneith estão interessados em saber mais sobre o culto e, portanto, estão interessados em qualquer informação que o grupo consiga obter. Assim, com Lei novamente reunida a eles e Tomi no lugar de Skaar, os nossos quatro aventureiros partem à procura de Lokkar.

Por sorte, Tomi já ouviu falar de Lokkar e oferece-se para guiar o grupo até casa dele. Por azar, Tomi não é grande guia e acaba por levá-los para os lados de um beco de mau aspecto onde são atacados por bandidos. Mas simples bandidos não são desafio para aventureiros talentosos e acabam por ser derrotados facilmente. Depois deste percalço, acabam por chegar a casa de Lokkar. “Cá estamos” – diz Tomi – “deixe-me falar com ele sozinho. Nós, malta pequena, entendemo-nos lindamente uns com os outros.” Os restantes afastam-se e Tomi bate à porta.

Tomi é recebido por uma pequeníssima figura (chega ao joelho do halfling) que pode ser descrita como uma estátua de barro viva e incrivelmente feia. O espanto de Tomi aumenta ainda mais quando a criatura o saúda e lhe pergunta o quer. Refazendo-se da surpresa, Tomi pede uma audiência com Lokkar. A criatura desaparece para o interior da casa e o gnomo lá aparece, convidando Tomi a entrar. No interior, Lokkar analisa a peça e consegue reconhecer os desenhos como sendo traços vestigiais da Marca da Sentinela – a marca carregada pela Casa Deneith. Lokkar sabe que existe uma placa metálica deste género para cada Marca e, por extensão, para cada Casa. Pouco mais pode dizer, excepto que um velho amigo seu – Harath, um druída meio-orc exilado da Casa Tharashk – sabe bastante sobre essas placas e poderá ajudá-los. Harath mora agora nas floresta de Harrow Crowns.

Vários dias depois, os nossos heróis chegam a Starilaskur, na Brelândia – a cidade mais próxima das Harrow Crowns. Após algumas dificuldades monetárias, conseguem finalmente arranjar montadas e partem para a floresta. Na orla da floresta, são forçados a desmontar e seguir a pé. Uma vez na floresta, vagueiam durante horas tentando localizar o druida. Tentam tudo: procurar um rasto berrar o nome dele... chega até a ser sugerido que se pegue fogo à floresta a ver se ele aparece. E nada funciona. Eventualmente, um grupo de Trogloditas ataca os nossos heróis. No entanto, Gwenalôr e Tomi estavam escondidos e, aproveitando-se do elemento de surpresa, cercam os trogloditas que são derrotados rapidamente. Infelizmente, durante o combate, Tomi tropeçou e acabou a espetar-se em cheio contra um Troglodita, ficando completamente coberto do visco que os Trogloditas segregam. Um visco que, para quem não sabe, tem um cheiro incrivelmente ofensivo. No fim do combate, o halfling procura desesperadamente um sítio para se limpar. Acabam por encontrar um pântano. “Serve” – comenta Tomi, enquanto se despe e se atira lá para dentro. De repente, Tomi apercebe-se duma cabana de aspecto pobre no meio do pântano. Esperançoso, tenta alcançá-la furtivamente. Os seus colegas, ao vê-lo em movimento, descobrem também a cabana e seguem nessa direcção. No entanto, um crocodilo bastante grande está a vaguear à volta da cabana, quase como se a estivesse a proteger. Tomi consegue fintá-lo mas os restantes não têm a mesma sorte e acabam por decidir recuar.

Harath, druida meio-orc exilado da Casa Tharashk, acordou para mais um dia na sua cabana. Ele podia esperar muita coisa, mas nunca que um halfling vestindo apenas uma tanga e com uma adaga lá presa lhe surgisse do pântano com um ar triunfante. E no entanto foi o que aconteceu. “Salve excelentíssimo Harath.” - diz Tomi enquanto faz uma vénia exagerada e trapalhona – “Sou Tomi Quickfoot. O seu velho amigo Lokkar mandou-me ter consigo.” Tomi consegue eventualmente ganhar a confiança de Harath e chama o resto dos seus amigos à cabana, assegurando-lhes que o crocodilo não lhes fará mal.

Todos reunidos na cabana, vão conversando com Harath. Reparam, no entanto, que ele tem o braço esquerdo sempre coberto e quase nunca o mexe. Eventualmente, mostram-lhe a placa metálica. “Sim, eu conheço isto. Já ouvi outra como esta mas com vestígios da marca da minha casa. Conto-vos tudo o que sei. Mas antes, têm de fazer algo para mim.” Harath levanta-se e começa a descobrir o seu braço esquerdo, revelando que este está completamente devastado. A maior parte da carne foi arrancada. Apenas resta a pele, onde está bem visível uma Dragonmark desenvolvida. “Quando a minha casa me exilou, tentaram tirar-me a marca. Isto é tudo o que resta do meu braço. Quero que me ajudem a curá-lo. Ando a trabalhar num ritual para esse efeito. A única coisa que me falta é água duma nascente no norte desta floresta. Tragam-ma e falaremos. Mas tenham cuidado. A nascente é propriedade dum grupo de sátiros e eles não gostam nada que outros lhe acedam.”


Tá feito. Como podem ver o Tomi contina presente na campanha. Infelizmente para ele, isso vai mudar em breve... [inserir música de mau agoiro]

Rolem vintes,
-Skaar

Thursday, October 19, 2006

7 - A Nova Vocação da Lei Lin

Como mencionei no ùltimo post, perspectivam-se algumas mudanças no "elenco" da nossa campanha. Isso deve-se à Lei. Em termos simples, ela não gostou de jogar um Bard. Pessoalmente também não sou grande fã da classe. Mas isso agora também não importa.

Continuando, o grupo achou por bem ter uma conversa com ela sobre o assunto e acabou por se decidir que ela iria mudar de classe mas manter a mesma personagem. Como ainda tínhamos jogado pouco (sobretudo a Lei) achou-se que um retconzinho seria o mais simples a fazer. E assim foi.

A Lei queria jogar uma "princesa guerreira, tipo a Xena." Após debater algumas opções, chegou-se à conclusão que Bárbaro seria a classe mais indicada para o que ela queria. Ora, já havia um Bárbaro na party. E visto que dois não fazem grande sentido, o Skaar foi atirado para a reforma antecipada. Eu até gostava do personagem mas não é assim tão complicado rolar outra coisa (embora tenha levado imenso tempo a decidir exactamente o que rolar) e acho que se deve tentar garantir que os novatos tenham uma boa primeira experiêncìa.

Para o lugar do Skaar-personagem entrará, em princípio, o Tomi que já fez uma aparição no epílogo da semana passada. É possível que venha a ser outro personagem mas, como ainda não é certo, falarei disso quando e se acontecer. Em relação ao Skaar-blogger, intrépido comunicador de D&D... podem estar descansados que vou continuar por aqui a postar.

Voltando à Lei Lin, posso-vos dizer que ela ficou bastante mais entusiasmada com esta nova versão da personagem do que com a anterior e que estava bastante ansiosa por experimentá-la. E foi o que fez na sessão desta semana. Falando nisso, vou ver se ainda consigo postar o report hoje ou amanhã mas não tenho acesso às minhas notas por isso é capaz de só aparecer na segunda.

Rolem vintes,
-Skaar

Sunday, October 15, 2006

6 - Comentários e Epílogo

Boas.

Como o report da sessão já foi longo que chegue, achei melhor deixar as restantes cenas para outra altura.

Para começar, algumas notas em relação à sessão. Como devem ter reparado, apenas jogamos três. Isso poderia ter complicado as coisas. Aliás, estaria a mentir se dissesse que a última luta não assustou um bocado. Mas já falaremos dessa luta mais á frente.

Apesar de termos sido apenas três, a sessão correu muito bem. As personagens tiveram uma química muito boa e, entre os três, foi possível cobrir quase sempre todas as necessidades que surgiram. Além disso, a cena em que Gwenalôr se espetou numa armadilha por não querer atravessar a clareira deu para rir um pedaço. A do Kobold preso, libertado e morto também foi bastante divertida. Pessoalmente, prefiro grupos maiores (embora, no caso de D&D 5 seja o meu máximo) e, no início, fiquei um bocado preocupado que fôssemos ter uma sessão fracota. Felizmente estava enganado.

Quanto aos combates, correram todos relativamente bem graças a três coisas. Em primeiro, uma party razoavelmente bem equilibrada em termos de combates (já o tinha dito anteriormente. Nesta sessão apenas nos faltou o bardo. E, embora seja um pouco cruel dizê-lo, os bardos não valem grande coisa em combate. Particularmente no início). Em segundo, os Action Points. Pode-se dizer muita coisa sobre eles, mas a verdade é que dão imenso jeito e ajudaram bastante a fazer a diferença (houve pelo menos três golpes mortais que entraram graças a eles). Em terceiro, vou reclamar mérito para a nossa brilhante conduta táctica. Organizamo-nos de forma impecável e tiramos o máximo partido das manobras e posicionamento. Bom, talvez isso não tenha feito diferença mas eu gosto de pensar que sim.

Para concluir os comentários, gostaria de falar do último combate. Sem querer entrar em grandes tecnicalidades, o encontro era bastante difícil para um grupo de nível 1 como nós (para os connoisseurs posso dizer que o Encounter Level era à volta de 5). Ainda mais sendo só três. O plano do DM era que tanto o cultista como o seu assassino de couro escapassem nas montadas e a party limpasse os lagartos e salvasse o miúdo. Era suposto a party ver o gajo de couro matar o lagarto e depois ver os dois a fugir - um pouco como numa "cutscene" ao estilo dos RPGs dos jogos de vídeo. Ora, criar este tipo de cenas é um erro que DMs estreantes cometem às vezes, esquecendo-se da liberdade absoluta que se tem (ou deve ter, mas isso fica para outra altura) em D&D comparando com a dos jogos de vídeo. Felizmente, o nosso DM soube adaptar-se bem à situação. O cultista, que era o mais importante, conseguiu fugir e o outro morreu num combate bastante bem executado tendo em conta que era um improviso. E se um assassino com uma adaga mortal e uma armadura de couro for necessário para os planos futuros do culto, eles não são assim tão difíceis de encontrar.

Para terminar isto fica um pequeno epílogo que jogamos mais tarde. O objectivo deste foi preparar algumas potenciais mudanças de personagem que se podem vir a verificar.

Na caverna, o seu inimigo morto, os nossos heróis recuperam o fôlego e fazem o ponto da situação. Cultista: em fuga. Mauzão de couro: morto e revistado. Lagartos: mortos apenas. Heróis: feridos mas longe de mortos. Miúdo: não morto (espera-se) e prestes a ser libertado.

Examinando agora a gruta com mais calma, o grupo encontra uma estatueta de um demónio grotesco qualquer feita de barro. Gareth não perde tempo em destruí-la em nome da Sovereign Host. O estranho ídolo começa a sangrar e acaba por revelar no seu interior uma pequena peça de metal com umas estranhas runas. Gwenalôr liberta a criança e após verificarem que ele está vivo (apenas a dormir) abandonam a gruta.

À saída são emboscados por 2 kobolds. Skaar, que vinha na frente, tomba perante uma investida de lança. Gwenalôr reage com rapidez e mata o outro kobold com uma flechada certeira. Mas, antes que mais alguém consiga agir, uma pequena figura surge da mata e encrava uma espada nas costas do Kobold, matando-o de imediato. Quando a poeira assenta, o grupo tem à sua frente um halfling com ar manhoso. Apresenta-se como "Tomi Quickfoot - Halfling por nascença, rogue por vocação."

Após estabilizarem Skaar (o meio-orc ainda vive mas parece estar envenenado), os nossos heróis decidem seguir caminho. Tomi tenta convencê-los a aliarem-se com ele. Tendo em conta a situação complicada em que se encontram, Gareth e Gwenalôr acabam por aceitar.

A viagem de volta é pacata. Lense acorda e tenta resistir e fugir ao grupo de início mas acaba por se acalmar quando vê o material de identificação que lhes foi entregue por Grillen.

Eventualmente conseguem chegar a Wroat, onde Skaar é deixado aos cuidados do templo da Sovereign Host da cidade. O prognóstico não é dos mais animadores: o meio-orc está a ser atacado por um potente veneno que os clérigos não sabem se são capazes de curar. Estafados e sem grandes certezas quanto ao futuro do seu amigo, acabam por ir para uma estalagem passar a noite.

Tal como disse, nada de muito grande ou complexo. Ainda não há certezas quanto ao futuro do Tomi, da Lei ou mesmo do Skaar. Uma coisa é certa, o Skaar que escreve esta treta vai continuar aqui e em breve actualizo-vos com mais informação e um report da próxima sessão que, esperemos, será bastante mais longa.

Rolem vintes,
-Skaar

5 - Report: Sessão 2

Cá está o report da nossa segunda sessão. Depois de ter olhado bem para o primeiro, acabei por não gostar nada do formato. Por isso, vou tentar um estilo diferente com este. É grande por isso, sem mais demoras, aqui vai.

Mais uma manhã normal para os nossos aventureiros. Demasiado normal. Há já vários dias – desde os eventos na King’s Forest – que não têm trabalho. Mas isso muda com a chegada de um mensageiro enviado pela Casa Deneith. Há um trabalho. Lei Lin encontra-se ausente e, após a procurarem sem sucesso durante algum tempo, Gareth, Skaar e Gwenalôr decidem aceitar o trabalho sem ela. São levados para o enclave dos Deneith onde um homem chamado Grillen os aguarda com instruções.

Os Deneith conseguiram obter algumas informações sobre o rapto de Lense (a criança). Existe um Culto do Dragão Abaixo que opera numa floresta não muito longe da King’s Forest. Não costumavam dar problemas, contentando-se em habitar a floresta e praticar os seus rituais obscenos. Mas, ultimamente, através de um grupo de Kobolds têm-se tornado mais ousados. Atacam viajantes, assaltam carruagens, roubam... Os Deneith têm a certeza que esse culto está envolvido no rapto. Desdobrando um mapa do Sul da Brelândia sobre a mesa, Grillen aponta uma pequena floresta sem nome perto de Shadowlock Keep. “É aqui que eles operam – diz – queremos que vocês os encontrem. Se voltarem com informações úteis serão bem pagos. Se voltarem com a criança, serão muito bem pagos. Tomem estas insígnias. Identificam-vos como agentes ao nosso serviço e serão úteis se precisarem de colaboração de outros membros da Casa. Alguma pergunta?”

Uns dias depois, após uma viagem sem percalços, Skaar, Gareth e Gwenalôr encomtram-se na orla da floresta. O elfo embrenha-se no seu interior de imediato e avança. Procurando algum indício que os leve ao encontro do misterioso Culto. Gareth e Skaar seguem-no de perto. Prosseguem assim durante bastante tempo até que, de repente, Gwenalôr manda parar e aponta numa direcção. “Vem alguma coisa naquela direcção.” – Instantes depois, um lobo solitário salta dos arbustos. No entanto, graças ao aviso de Gwenalôr, o grupo estava pronto para ele e Gareth despacho-o com uma martelada violenta. Continuam caminho até que pouco depois Gwenalôr encontra finalmente um trilho de pegadas. Seguem-no.

Eventualmente, o trilho leva-os até uma clareira. Gwenalôr sugere contorná-la mas Gareth tem uma ideia melhor – mandar o Skaar atravessá-la. O meio-orc assim faz e nada lhe acontece. Vendo que não há perigo, Gareth segue-o. Ainda assim, Gwenalôr decide contornar a clareira e, num embaraçoso revés do destino, pisa uma armadilha e acaba a precisar de cuidados de Gareth. Após isso, seguem adiante.

Eventualmente, saem do mato e deparam com um caminho de terra. Cinco Kobolds aguardam-nos. Três lançam-se de imediato sobre o Skaar, enquanto os outros começam a lançar pedras. O combate segue-se forte e furioso. No final, quatro Kobolds estão mortos e Skaar prende o quinto no ar.

Gwenalôr, que fala Dracónico tenta interrogar o Kobold. No entanto, isso revela-se problemático. A criatura está completamente aterrorizada. E não é do grupo, mas sim de outra coisa ou pessoa qualquer. Apenas o consegue fazer indicar a direcção onde se encontram humanos. Percebendo que não irão obter mais nada do Kobold, Gwenalôr convence Skaar a soltá-lo (o plano original do meio-orc era matá-lo). No entanto, isso acaba por ser inútil pois, mal Skaar solta o bichinho, Gareth esmaga-lhe a cabeça com o martelo. Pobre Kobold... a sua cabeça acabou a tocar o chão ao mesmo tempo que os pés.

Tendo finalmente uma direcção certa para seguir, o grupo prossegue, desta vez com Gwenalôr seguindo bastante à frente a bater o caminho. Eventualmente, o elfo avista uma caverna guardada por três homens-largarto. Um dos lagartos, aparentemente o líder, está a dar umas instruções aos restantes. Gwenalôr apenas consegue ouvir pedaços soltos. “Elesss vêm aí...”; “Quando ssubirem, não façssam nada...”. Pouco depois, surgemduas figuras humanóides – um com um robe e um capuz negros e o outro com uma armadura e máscara de couro. Num gesto inesperado, o homem da máscara agarra um dos lagartos e crava-lhe uma adaga no peito, matando-o de imediato. De seguida, chama dois cavalos que estavam ali perto e ambos os homens se preparam para partir. Não perdendo mais tempo, Gwenalôr age e lança uma flecha contra o mascarado quando este se preparava para montar. Quase imediatamente a seguir surgem Gareth e Skaar, atraídos pelo som do lagarto que morreu. O homem mascarado avança em direcção ao grupo e diz para o de capuz: “Vai-te embora. Eu trato disto.”

Seguiu-se um combate violento. Skaar, enfurecido ao máximo, vai prá frente e tenta destruir todos. Gareth tenta acompanhá-lo e vai usando magia para aumentar as capacidades de combate. Gwenalôr apoia-os com setas da retaguarda. Inicialmente, o mascarado e os seus capangas ganharam vantagem. Mas, usando todos os truques que tinham (incluindo poções) o grupo consegue matar ambos os lagartos e ferir gravemente o mascarado. Este tentou fugir para o interior da caverna. No entanto, não conseguiu ir longe. Skaar apanhou-o rapidamente e, com um último e violento golpe de machado, esborrachou-lhe a cabeça contra uma parede. No interior da caverna, além do seu inimigo morto, encontra-se uma jaula de madeira. No seu interior, uma criança inconsciente...


Está feito. O que acham?

Rolem vintes,
-Skaar

Friday, October 06, 2006

4 - Novo Look

Hoje fiz ponte (na verdade, fizeram-na por mim) e portanto aproveitei para mexer em algumas coisas aqui.

Novo layout e algumas alterações menores. Penso que ficou melhor.

Rolem vintes,
-Skaar

Thursday, October 05, 2006

3 - Report: Sessão 1

Cá está o relato da nossa primeira sessão. Ainda estou a trabalhar no formato por isso qualquer sugestão seria bem-vinda.


A primeira sessão serviu primariamente para introduzir os personagens e a aventura. Por uma questão de simplicidade, decidiu-se que a party já se conhecia e andava junta à algum tempo. Assim evitam-se aquelas apresentações que nunca têm muito a ver e não se perde tempo com os jogadores à procura duma razão para o seu personagem se querer juntar aos restantes. Pessoalmente, não tenho problema com esta abordagem, embora prefira que nestes casos os jogadores gastem algum tempo a definir uma história para o grupo e as relações entre os PCs. Não houve tempo para isso mas também não faz grande mal.

De qualquer modo, a origem da party é simples. São um grupo de aventureiros que se uniu em Sharn (embora o como e porquê estejam ausentes) mas que acabou por se mudar para Zilargo para efectuar o seu primeiro trabalho. Esse trabalho foi encomendado pela Casa Canith e era bastante simples: recuperar um Construct que tinha começado a trabalhar mal e levá-lo para Trolanport onde seria reparado. Quando a aventura começou a party estava na viagem de carruagem de volta para Trolanport com o Construct a bordo.

A viagem de carruagem no entanto, é interrompida por um homem que sai a correr duma floresta (a King's Forest) ensanguentado e cheio de setas a pedir ajuda. O homem pertence à Casa Deneith e viajava numa carruagem através da floresta. Tinha de proteger uma mulher da Casa e o seu filho. Escusado será dizer que falhou. Pede ajuda à party que acaba por aceitar (não sem antes o Skaar fazer vários protestos sobre abandonar o Construct e falhar o trabalho original). Embrenhando-se na floresta, a party segue um trilho de sangue, setas e um ou outro cadáver até chegar à carruagem que o homem mencionou. Uma mulher encontra-se deitada no chão e algo ou alguém encontra-se escondido nos arbustos por trás da carruagem. Aqui, a impetuosidade do Skaar sai-lhe caro. Enquanto o Gwenalôr decide ir à frente e bater o caminho sorrateiramente, o resto da party fica para trás à espera. No entanto, Skaar aborrece-se e carrega para cima da carruagem, berrando qualquer coisa em Orc. O misterioso inimigo sorrateiro revela-se. 3 Kobolds atacam. Um carrega com uma lança enquanto os outros se divertem a atirar pedras. No entanto, os Kobolds não são muito bons para combates e são despachados rapidamente.

Depois do combate, a party investiga o local. A mulher está morta e a criança desaparecida. Gwenalôr encontra algumas pegadas. A party decide segui-las e eventualmente chega a uma clareira onde dois Kobolds estão aparentemente perplexos com a morte de um terceiro que se encontra estendido à frente deles. A party enfrenta e derrota estes dois Kobolds com facilidade. Depois do combate, descobre-se um bilhete escrito em Draconico. Gwenalôr consegue ler. "Tragam a criança. Matem o resto." Apesar do bilhete, a party parece ter chegado a um beco sem saída. As pegadas que vinham a seguir desaparecem repentinamente no interior da clareira e não há mais pistas. Regressam à sua carruagem para ver como se encontra o homem que lhes pediu ajuda.

De volta à sua carruagem, a party decide interrogar o homem que lhes pediu ajuda. Gareth usa um feitiço para curar o homem e a party questiona-o sobre várias coisas. O homem - Philneas - explica que ele e os restantes estavam ali para proteger a criança pois ela é muito importante para a Casa Deneith. Apesar de ser muito nova já possui uma Dragonmark e já começa a manifestar os poderes da marca e a evolui-la. Ao saber que a criança está perdida e a sua mãe morta, o homem pede ajuda à party. Se eles o ajudarem a chegar a Trolanport serão recompensados. Antes de partir, no entanto, vão buscar os cadáveres da mulher e dos seus guardas (Gareth insiste que eles sejam levados para Trolanport para serem enterrados) bem como alguns documentos. Feito isso, seguem para Trolanport sem mais problemas.

De volta a Trolanport, Lei e Gareth vão levar Philneas ao líder do enclave da Casa Deneith enquanto Skaar e Gwenalôr levam o Construct ao enclave da Casa Canith. A segunda entrega decorre sem problemas - são pagas algumas moedas e duas poções pelo serviço. Já com os Deneith surgem alguns problemas quando Lord Grazen ir'Talan, o líder dos Deneith, diz que Philneas vai ser castigado pelo seu falhanço. Gareth passa-se e exige garantias que Philneas não vai ser torturado ou morto. Chega a ameaçar Lord Grazen dizendo "Eu tenho um martelo." Lembram-se de eu ter dito que ele gostava de confrontos? Felizmente, a coisa acaba por se resolver e a party recebe algumas moedas de ouro pelo serviço prestado.

A party tem agora contactos com duas Casas e a possibilidade de futuros trabalhos para elas. Mas, por agora, não há mais nada a fazer e a sessão termina.


Espero que este primeiro report esteja porreiro. Uma vez mais, qualquer sugestão seria apreciada. Não é giro eu achar que há pessoas que realmente lêem isto?

Rolem vintes,
-Skaar

2 - A Campanha, o DM e os Jogadores

Bem, isto demorou bastante mais tempo do que estava a pensar. Quando arranquei o blog tinha esperança de apresentar o grupo no dia seguinte. Mas houve atrasos em comunicar com todos (só mesmo no dia da sessão é que tive todas as autorizações) e depois faltou-me tempo para escrever. Mas hoje é feriado por isso tempo é coisa que não falta. Assim sendo, dedico este post à República cá da terra.

Conforme prometido, vou apresentar-vos o grupo. Ficam já avisados que sem conhecimento de Pen & Paper e do Setting de Eberron há muita coisa que não vão entender.

A campanha - Estamos a jogar D&D, no setting de Eberron. Começamos a campanha a nível 1. Ainda não jogamos muito, mas parece que a campanha vai involver bastante as Dragonmarked Houses.

O DM - é um jogador com cerca de dois anos de experiência. Está a ser DM pela primeira vez. Para já parece estar a adaptar-se bem. Tem tido alguns problemas em fazer os diálogos dos NPCs fluir bem e, ocasionalmente, perde-se demasiado em detalhes pouco importantes. Fora isso, corre tudo bastante bem. Os combates são fluídos e a história da campanha parece interessante. As sessões também estão a ser bastante porreiras.


Os Jogadores:
  • Skaar - sou eu. Jogo um bárbaro meio-orc das Demon Wastes. Sim, bárbaros meios-orc não são a coisa mais original de sempre mas enfim. Gosto de personagens pouco subtis que resolvem as coisas com uma arma grande. De qualquer modo, o Skaar é basicamente o músculo de serviço no grupo. Não é muito esperto mas também não precisa de ser. Desde que seja pago alinha nos esquemas da party sem problemas. Fãs da série Firefly podem ficar a saber que ele foi parcialmente inspirado pelo Jayne. Quanto a mim como jogador, ando nisto há uma data de tempo. Sou um dos fundadores do grupo de Braga e tenho estado activo nele quase sempre, frequentemente como DM. Já não participava numa campanha como jogador há bastante tempo portanto estou bastante satisfeito com a oportunidade de jogar e evoluir um personagem durante uma campanha inteira.
  • Gwenalôr é um elfo Ranger de Valenar virado para o uso de arcos. A party ainda não sabe muito sobre ele pois não é uma pessoa que partilhe histórias. No entanto, os Valenar são famosos pela sua mestria com espadas e não arcos. Somando a isto o seu silêncio sobre a sua origem, é possível fazer umas especulações divertidas sobre ele. Quanto ao seu jogador é também um "veterano" embora só esteja connosco há cerca de um ano. Costuma dar bastante importância aos aspectos de roleplay, história e personalidade dos seus personagens. Às vezes a custo dos aspectos mecânicos e de combate. Ao contrário dos restantes personagens, o Gwenalôr foi concebido e montado a solo (a primeira versão do personagem era um arqueiro humano de Karrnath) e os restantes jogadores, tal como os personagens, sabem pouco sobre ele. É, pois, o homem-mistério do grupo. Aliás, elfo-mistério.
  • Gareth Edge é um Clérigo humano da Sovereign Host que nasceu e cresceu em Sharn. Juntou-se à igreja para cumprir uma promessa do pai e acabou por ser enviado para o exterior devido a "incompatibilidades" com a cadeia de comando. O seu jogador é bastante experiente. Ele e o Gwenalôr começaram a jogar juntos no seu grupo há já alguns anos. Foi um dos fundadores do nosso grupo há cerca de 3 anos e foi através dele que o Gwenalôr começou a jogar connosco. Tende a ser um jogador equilibrado ligando igualmente a ambos os aspectos do jogo. No entanto, gosta muito de personagens conflituosas que, por vezes, se pegam com NPCs benignos ou outros party members. A ver vamos o que acontece com o Gareth.
  • Lei Lin é a novata do grupo. Está a fazer a sua estreia nos RPGs de Pen & Paper. É uma Bard humana que se preocupa primariamente consigo própria. Originária dos Principados de Lhazaar tem, como é costume nessa região, uma quantidade saudável de desrespeito pela lei e ordem, o que faz o seu nome um pouco irónico. Sendo uma estreante, a Lei ainda está a aprender uma data de coisas importantes. Quer sobre mecânica, quer sobre roleplay. No entanto, tem entusiasmo e, para já, parece estar a gostar. Com sorte, metemos o vício a mais uma.


E cá estão eles. Penso que temos uma boa mistura de estilos de jogo e também uma party razoavelmente equilibrada em termos de combate. À medida que formos jogando dará para ver melhor. Os perfis dos vários personagens também vão ser actualizados à medida que eles se forem desenvolvendo.

Como já disse, hoje tenho imenso tempo para escrever portanto vai aparecer um outro post aqui. O relato da primeira sessão.

Rolem vintes,
-Skaar