Friday, December 08, 2006

18 - Relatório duma Revolução

"Revolution is but thought carried into action." - Emma Goldman

Que estilo! Bem, cá está o mui badalado relatório de mudanças. É comprido por isso saltamos já para ele.


As Personagens:

Lei - foi um falhanço de todo o tamanho. Ela nunca teve grande interesse no jogo, para ser sincero. Não quero parecer elitista mas convém ter uma certa mentalidade para se gostar de D&D. A Lei não a tinha. Meteu-se nisto por curiosidade e enfim... já se sabe o que essa fez ao gato. Foi substituída pelo Hareth.

Hareth - já tem bastante mais aquela mentalidade de que falei. Lê fantasia, jogou RPGs em PC/Consola... enfim, tem o bichinho, como se diz. É um elfo de Aerenal. Clérigo do Undying Court. Já tem uma história definida para o personagem. Interessante, embora um pouco lugar-comum. No que toca a RP, as coisas vão andando. Ainda tá a aprender mas vai bem. O único mal é que o personagem, em muitas ocasiões, não parece mesmo nada um elfo. Mas isso, com o tempo vai ao sítio.

Korlak/Skaar - tanto andei às voltas e acabei por voltar ao início. Quando a Lei apareceu com o seu novo conceito, eu ofereci-me para ceder-lhe a classe. Na altura achei que não ia ter problemas em arranjar outra personagem. Enganei-me redondamente. Apesar das várias tentativas (e acreditem que pensei em muitas mais do que as que apareceram na campanha- um Psychic Warrior Kalashatar, Um Warblade Hobgoblin, Um Gnomo Artificer...) nunca arranjei nada decente. O único a que achei piada foi ao Korlak, o druída. Mas só curtia os aspectos mecânicos e de combate. Em termos de RP, nunca consegui fazer nada de jeito com ele. Assim, quando a Lei saiu, decidi voltar ao Skaar. E ando todo contente outra vez. Andava a curtir muito o personagem quando ele saiu e isso não se perdeu. Mecanicamente também ando a curtir ser a besta da linha da frente com o machado enorme que faz imenso dano. O timing foi um bocado infeliz visto andarmos em Sharn e a cidade ser um lugar um bocado complicado para ele. Mas, quando sairmos, vou começar a fazer de batedor e etc. Bons tempos...

Gareth/Doc - anda a trabalhar no seu post sobre o assunto. Para já, digo que ele é um jogador que se cansa de personagens com alguma rapidez por isso a mudança não chocou ninguém. O novo personagem também está muito porreiro. E muito forte em combate. O RP é que ainda está em processos de afinação. Os Warforged são difíceis.

Gwenalôr/Ciangral - não há muito a dizer aqui. Pura e simplesmente a personalidade do Gwenalôr era péssima. Embora a ideia de jogar um elfo anti-social tenha o seu apelo para alguns (pessoalmente, odeio elfos) a verdade é que isso deixa muito poucas oportunidades para fazer RP. O Gwen passava as sessões a lutar, bater caminho/seguir pistas ou então tava sempre calado sem fazer nada enquanto os outros falavam. Quando passamos para Sharn onde deixamos de precisar dum batedor, a coisa ainda piorou. Houve uma altura em que só estavam o Korlak e o Gwen na party e não se fez nada. Isso (e outros momentos) acabou por mostrar que o personagem era mesmo muito limitado. O Ciangral é o oposto disso. É um Swashbuckler Aasimar (oooh), o que abre logo uma data de portas no que toca a interacção social - bem mais útil e versátil o do que ser o batedor. Este Swashbuckler em particular é também um mulherengo decadente com altos sentidos de estética. A mudança cumpriu sem dúvida o objectivo. O Ciangral falou mais em 2 sessões que o Gwenalôr em 7.


A Campanha:

Com tanto personagem a entrar e a sair, era óbvio que a campanha corria riscos. O principal era o que o fio da história se perdesse e que o novo grupo não tivesse motivação para seguir na missão. É claro que os jogadores podem forçar essas coisas mas fica a parecer isso mesmo... forçado. Felizmente, conseguimos resolver esses problemas.

O problema de continuidade fui resolvido com aquele momento muito Deus Ex Machina em que o Korlak, com o seu último fôlego, pede ao Doc que continue a missão. Felizmente que o Gareth já tinha saído para o Templo. Quanto à motivação, tanto o Skaar como o Ciangral são aventureiros por contrato por isso bastou algum dinheiro para os pôr a mexer. Já o Hareth tem os seus motivos para lutar contra o Culto, que se tornarão claros mais tarde.

Também é bom sermos quatro jogadores de novo. E termos linha da frente. O DM andava com dificuldades para arranjar encontros interessantes para o grupo de três nas últimas sessões. A quatro já lhe é mais fácil. Aliás, tivemos 'Boss Fight!' na última sessão.

Feitas as contas, todas estas mudanças acabaram por fazer bastante bem à campanha. Temos um grupo cheio, relativamente equilibrado (muito virado para combate melee). Espero que fique assim até ao fim.

Rolem vintes,
-Skaar

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