Um dos males de se ter uma personalidade obsessiva é agonizar-se com praticamente todas as decisões que se tem de tomar. E isso, no meu (triste) caso estende-se ao D&D.
Normalmente não me custa muito escolher a classe/raça que vou jogar (parte sempre dum conceito qualquer que tenha). Mas a partir daí cada feat, cada poder, cada skill é uma escolha dilacerante. Ok, estou a exagerar um pouco. Não é dilacerante mas é realmente muito chato.
No caso do Brann, o problema mor foi o "estilo" de Rogue que queria ser. A Wizards, numa de estrangular a criatividade, esforçou-se ao máximo por pré-construir as classes e a sua evolução (noutra altura falaremos mais disto). No caso do Rogue tem-se dois caminhos: Brutal Scoundrel que se especializa em dar mais dano e em infligir efeitos negativos e Artful Dodger que se especializa em movimentar-se a si e aos inimigos pelo campo de batalha. De início estava a pensar por a Brann a Dodger porque os bonus de halfling se enquadram lá melhor. Montei o personagem. Joguei uma sessão. Tudo fixe. Mas depois a minha neura entrou em acção.
"Se calhar, era melhor ser Brutal. Dava mais dano... Mas o Dodger encaixa melhor na raça... Mas o Brutal também encaixa bem e ajeita-se melhor na party. Precisamos de dano. Mas o Dodger também dá dano. E até se ajeita mais na party. Ou será que não?"
E é isto a toda a hora. Eventualmente tomo uma decisão e lá me obrigo a acreditar que foi a melhor. A verdade é que a melhor decisão não existe. Ambos os estilos têm as suas vantagens. Não se trata dum ser melhor que o outro. São diferentes e acabou. Mas pra mim isso nunca funciona. Pra mim tem sempre de haver um caminho melhor. E eu lá vou gastando "horas" a pensar no assunto. A analizar os aspectos todos da situação. A fazer contas ao dano e aos bonus. A imaginar as várias situações. Sempre à procura desse caminho superior pra me poder decidir.
Trágico...
PS: Neste caso, acho que me decidi mesmo pelo Dodger. Ou se calhar Brutal...
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