A nossa última sessão não correu lá muito bem. Entre DM cansado e sonolento, jogadores desinspirados e uma ausência... enfim, não se pode vencê-las todas. Bem sei que era suposto ter escrito qualquer coisa entre reports para variar a leitura mas a verdade é que a minha veia criativa estancou na terça-feira. Além disso, vamos ter mais alterações na campanha por isso está tudo um bocado na expectativa. Bem, cá está o report. Não é dos melhores, receio.
Algumas horas depois do ataque de homens-lagarto ser repelido, Gwenalôr chega a Zilspar. O elfo depara-se com uma pira fúnebre cheia de corpos de humanos e lagartos e Gareth Edge que continua a dar um sermão ao chefe da guarda. Reunidos novamente, os nossos heróis explicam a situação ao seu colega élfico e depois decidem explorar o cemitério no dia seguinte. Lei decide ficar na aldeia para ajudar a defendê-la de um eventual ataque.
A viagem até ao cemitério é pacata. O próprio cemitério também aparenta estar pacato, embora o facto de este estar protegido por uma paliçada tenha assustado inicialmente o grupo (a paliçada, no entanto, é bastante antiga e terá sido feita pelos aldeões de Zilspar). No cemitério, por trás de algumas árvores, está uma cripta. Korlak encosta-se à porta para escutar mas não ouve nada. Ordena à Ruby (a sua loba) que fique de guarda enquanto ele, Gareth e Gwenalôr investigam a cripta.
No interior, descem uma escadaria e deparam com outra porta. Do interior desta, ouvem-se sons de pés a arrastar e urros guturais e lentos – zombies! Os três entram de rompante e, enquanto Gwenalôr e Korlak mantêm os zombies ocupados, Gareth invoca o poder da Legião para os reduzir a pó.
A sala, livre de inimigos, é investigada e revela dois alçapões. O grupo divide-se (Gwenalôr e Gareth para um lado; Korlak e o seu mau cheiro a orc para o outro). Descem os alçapões, atravessam uma pequeno corredor e vão ter a um cubículo com uma porta que dá para uma sala grande (os caminhos são idênticos um ao outro). No interior dessa sala, estão mais zombies. Korlak, que chegou primeiro, enfrenta-os de imediato. Gwenalôr e Gareth surgem pouco depois para o apoiar. Quando o grupo tem os zombies praticamente derrotados, surgem vários esqueletos de caixões que estavam empilhados em dois cantos. Gareth, recorrendo mais uma vez ao poder da Legião, transforma-os em pó.
Tendo vencido o combate, os três exploram a sala com mais calma. Uma estátua de pedra dum homem com a mão estendida e as pilhas de caixões são a única coisa relevante. Investiam as pilhas mas a única coisa que encontram é um colar de ouro com uma pedra preciosa (deixam-no lá). Quanto à estátua, parece ser vulgar mas uma análise mais atenta revela que a mão estendida parece ser feita de outro material. Quase como se movesse. Korlak e Gwenalôr tentam puxar, empurrar, agarrar a mão... nada resulta. O elfo tem então uma ideia. Vai buscar o colar ao caixão e deposita-o na mão. A mão recua e entra para a parede atrás. Depois volta ao sítio já sem o caixão. Isto faz com que a parede por trás do grupo se comece a separar em duas até revela um caminho secreto.
Os nossos heróis seguem pelo caminho até chegarem a uma sala cheia de teias de aranha e com um grande buraco num dos lados. Gwenalôr e Korlak rapidamente concluem que este deve ser o covil de alguma espécie de aranhas monstruosas. No centro da sala encontra-se um sarcófago, a sua tampa com sinais de que foi movida recentemente. Korlak desliza-a para trás. No sarcófago está um cadáver. Mas ao seu pescoço, não se encontra nada. O culto já deitou a mão a esta placa. Gwenalôr acerca-se do buraco e analisa-o. Foi cavado recentemente e parece conduzir à superfície. O elfo apercebe-se de pegadas nos arredores do buraco. Pertencentes a humanóides de alguma espécie – talvez humanos. É impossível precisar pois quem as fez estava calçado. Também há pegadas reptilianas. Pertencentes a homens-lagarto provavelmente. É óbvio o que se passou. O culto cavou um buraco até à sala para roubar a placa. Decidem segui-los imediatamente.
Escalando o buraco sem grandes dificuldades (era muito pouco íngreme), os nossos heróis vão ter a uma zona bastante densa da floresta. O cemitério não está longe deles. Korlak chama por Ruby e depois, recorrendo à sua magia druídica, interroga os animais da área – pardais, para ser mais exacto – sobre o que se passou. Os pássaros confirmam as suspeitas do grupo. Humanos e ‘monstros feios com aspecto de lagartos’ chegaram há uns dias, cavaram um grande buraco e entraram lá para dentro. Depois saíram de lá a correr perseguidos por muitas aranhas grandes. Mais tarde voltaram, desceram de novo pelo buraco e saíram pouco depois, desta vez a passo. Foram-se embora e nunca mais voltaram. Korlak consegue ainda obter confirmação que o necromante estava com eles, após algum esforço a explicar aos pardais qual o aspecto do mesmo. O meio-orc partilha as revelações com o grupo e decidem ir atrás dos lagartos e do necromante. Gwenalôr não tem dificuldade em apanhar-lhes o rasto. Seguem-no durante algum tempo, embrenhado-se cada ver na floresta.
Eventualmente, quando estavam a passar por uma zona particularmente densa da floresta, o grupo é atacado por uma trepadeira assassina. Tendo o elemento de surpresa, a planta agarra Gwenalôr e Gareth de imediato. O elfo consegue soltar-se mas Gareth não tem tanta sorte. A vinha espreme-o quase até à morte mas os ataques contínuos de Gwenalôr e Korlak obrigam-na a largá-lo. A planta vira-se então para Korlak e consegue agarra o meio-orc. Mas Gwenalôr, com um último e bem colocado golpe de espada, mata-a. Recuperando-se do sobressalto e curando as feridas, o grupo segue caminho.
Um pouco à frente, o caminho divide-se em dois. Para um lado vão as pegadas humanas. Para o outro, as reptilianas. Seguem as pegadas humanas e, algum tempo depois, avistam uma caverna estranhamente parecida com a que encontraram na há algumas semanas atrás. Parece que este tipo de cavernas é comum na Floresta do Rei. Gwenalôr vai à frente para investigar. Ruby vai com ele, a ordem de Korlak. À entrada da caverna estão dois homens-lagarto. Apesar dos esforços furtivos de Gwenalôr, é detectado pelos lagartos que carregam sobre ele de imediato. Pouco depois, Korlak e Gareth surgem para ajudar. Um dos lagartos é morto com alguma rapidez. O outro berra qualquer coisa em dracónico – “Larguem o prisioneiro e venham ajudar-me!”, de acordo com a tradução de Gwenalôr. Mais dois lagartos surgem do interior da caverna e juntam-se à batalha. Mas nem assim é suficiente. Os lagartos acabam por ser derrotados.
No interior da caverna está um homem amarrado. É Jany Onil da Casa Deneith. Jany explica que veio a Zilspar para os ajudar contra os lagartos. Andou pela floresta durante bastante tempo à procura de informação mas acabou por ser capturado. Quando lhe falam do necromante, Jany diz que sabe onde ele se encontra e concorda em juntar-se ao grupo para o matar. Depois de ter dado as suas explicações, Jany pergunta o que andam aqui a fazer? O grupo explica-lhe que vieram travar o necromante e também recuperar um colar que ele roubou. Jany tem boas notícias quanto a isso. O colar não está com o necromante. Jany soube que eles o queriam e conseguiu tirá-lo do sarcófago antes que o culto lhe chegasse. Escondeu-o num dos cubículos por baixo dos alçapões.
Pouco depois, Jany Onil (com uma espada emprestada), Korlak, Gareth e Gwenalôr encontram-se à porta de uma cabana no meio da floresta – o esconderijo do necromante. “Ó da casa!”- chama Korlak. “Anda enfrentar a justiça!” – conclui Gareth. A única resposta são vários esqueletos a erguerem-se do chão. O combate inicia-se. Os nossos heróis ganham vantagem e destroem os esqueletos. Nesse instante, uma voz brota do meio das árvores: “Não toquem nas minhas criações!”. O necromante, envolto num robe negro revela-se por fim. O grupo ataca-o de imediato. Por baixo do robe, o necromante tem uma armadura metálica. Brande também uma espada com perícia. Mas a vantagem numérica é demasiada e acaba por ser derrotado.
Depois de vencido, o necromante é revistado. Tem apenas moedas de ouro. No entanto, Korlak encontra uma estatueta demoníaca semelhante à que os outros tinham encontrado na outra caverna, aquando o rapto de Lense. O meio-orc coloca-a na mochila, esperando ter uma oportunidade para a examinar. Com o necromante morto, os lagartos – sem líder e reforços mortos-vivos – não representam mais perigo para Zilspar. O quatro começam a caminhada de volta à aldeia, passando no cemitério de caminho para recuperar a placa metálica.
E pronto. Quantos às mudanças de que falei, posso-vos dizer que desta vez não me envolvem a mim. Fico-me fiel ao Korlak. Aqueles que conhecem os jogadores poderão ter uma ideia de quem já se fartou do seu personagem.
-Skaar
1 comment:
"Aqueles que conhecem os jogadores poderão ter uma ideia de quem já se fartou do seu personagem."
nao digas mais :)
PS ja estava a demorar
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