Sunday, October 15, 2006

6 - Comentários e Epílogo

Boas.

Como o report da sessão já foi longo que chegue, achei melhor deixar as restantes cenas para outra altura.

Para começar, algumas notas em relação à sessão. Como devem ter reparado, apenas jogamos três. Isso poderia ter complicado as coisas. Aliás, estaria a mentir se dissesse que a última luta não assustou um bocado. Mas já falaremos dessa luta mais á frente.

Apesar de termos sido apenas três, a sessão correu muito bem. As personagens tiveram uma química muito boa e, entre os três, foi possível cobrir quase sempre todas as necessidades que surgiram. Além disso, a cena em que Gwenalôr se espetou numa armadilha por não querer atravessar a clareira deu para rir um pedaço. A do Kobold preso, libertado e morto também foi bastante divertida. Pessoalmente, prefiro grupos maiores (embora, no caso de D&D 5 seja o meu máximo) e, no início, fiquei um bocado preocupado que fôssemos ter uma sessão fracota. Felizmente estava enganado.

Quanto aos combates, correram todos relativamente bem graças a três coisas. Em primeiro, uma party razoavelmente bem equilibrada em termos de combates (já o tinha dito anteriormente. Nesta sessão apenas nos faltou o bardo. E, embora seja um pouco cruel dizê-lo, os bardos não valem grande coisa em combate. Particularmente no início). Em segundo, os Action Points. Pode-se dizer muita coisa sobre eles, mas a verdade é que dão imenso jeito e ajudaram bastante a fazer a diferença (houve pelo menos três golpes mortais que entraram graças a eles). Em terceiro, vou reclamar mérito para a nossa brilhante conduta táctica. Organizamo-nos de forma impecável e tiramos o máximo partido das manobras e posicionamento. Bom, talvez isso não tenha feito diferença mas eu gosto de pensar que sim.

Para concluir os comentários, gostaria de falar do último combate. Sem querer entrar em grandes tecnicalidades, o encontro era bastante difícil para um grupo de nível 1 como nós (para os connoisseurs posso dizer que o Encounter Level era à volta de 5). Ainda mais sendo só três. O plano do DM era que tanto o cultista como o seu assassino de couro escapassem nas montadas e a party limpasse os lagartos e salvasse o miúdo. Era suposto a party ver o gajo de couro matar o lagarto e depois ver os dois a fugir - um pouco como numa "cutscene" ao estilo dos RPGs dos jogos de vídeo. Ora, criar este tipo de cenas é um erro que DMs estreantes cometem às vezes, esquecendo-se da liberdade absoluta que se tem (ou deve ter, mas isso fica para outra altura) em D&D comparando com a dos jogos de vídeo. Felizmente, o nosso DM soube adaptar-se bem à situação. O cultista, que era o mais importante, conseguiu fugir e o outro morreu num combate bastante bem executado tendo em conta que era um improviso. E se um assassino com uma adaga mortal e uma armadura de couro for necessário para os planos futuros do culto, eles não são assim tão difíceis de encontrar.

Para terminar isto fica um pequeno epílogo que jogamos mais tarde. O objectivo deste foi preparar algumas potenciais mudanças de personagem que se podem vir a verificar.

Na caverna, o seu inimigo morto, os nossos heróis recuperam o fôlego e fazem o ponto da situação. Cultista: em fuga. Mauzão de couro: morto e revistado. Lagartos: mortos apenas. Heróis: feridos mas longe de mortos. Miúdo: não morto (espera-se) e prestes a ser libertado.

Examinando agora a gruta com mais calma, o grupo encontra uma estatueta de um demónio grotesco qualquer feita de barro. Gareth não perde tempo em destruí-la em nome da Sovereign Host. O estranho ídolo começa a sangrar e acaba por revelar no seu interior uma pequena peça de metal com umas estranhas runas. Gwenalôr liberta a criança e após verificarem que ele está vivo (apenas a dormir) abandonam a gruta.

À saída são emboscados por 2 kobolds. Skaar, que vinha na frente, tomba perante uma investida de lança. Gwenalôr reage com rapidez e mata o outro kobold com uma flechada certeira. Mas, antes que mais alguém consiga agir, uma pequena figura surge da mata e encrava uma espada nas costas do Kobold, matando-o de imediato. Quando a poeira assenta, o grupo tem à sua frente um halfling com ar manhoso. Apresenta-se como "Tomi Quickfoot - Halfling por nascença, rogue por vocação."

Após estabilizarem Skaar (o meio-orc ainda vive mas parece estar envenenado), os nossos heróis decidem seguir caminho. Tomi tenta convencê-los a aliarem-se com ele. Tendo em conta a situação complicada em que se encontram, Gareth e Gwenalôr acabam por aceitar.

A viagem de volta é pacata. Lense acorda e tenta resistir e fugir ao grupo de início mas acaba por se acalmar quando vê o material de identificação que lhes foi entregue por Grillen.

Eventualmente conseguem chegar a Wroat, onde Skaar é deixado aos cuidados do templo da Sovereign Host da cidade. O prognóstico não é dos mais animadores: o meio-orc está a ser atacado por um potente veneno que os clérigos não sabem se são capazes de curar. Estafados e sem grandes certezas quanto ao futuro do seu amigo, acabam por ir para uma estalagem passar a noite.

Tal como disse, nada de muito grande ou complexo. Ainda não há certezas quanto ao futuro do Tomi, da Lei ou mesmo do Skaar. Uma coisa é certa, o Skaar que escreve esta treta vai continuar aqui e em breve actualizo-vos com mais informação e um report da próxima sessão que, esperemos, será bastante mais longa.

Rolem vintes,
-Skaar

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