Saturday, October 28, 2006

8 - Report: Sessão 3

Promessas, promessas... pra que é que eu as faço? Depois de dizer que o report aparecia, na pior das hipóteses, na segunda acabo a só o postar hoje. A verdade é que tive uma semana bastante ocupada e nunca consegui arranjar tempo suficiente para me sentar e escrevê-lo. Vou ver se consigo melhorar este aspecto, que os reports estão quase sempre atrasados. Bem, já chega de desculpas. Cá está ele.

Os nossos heróis passam uma noite relativamente tranquila. Na manhã seguinte visitam o templo mas as notícias são as mesmas. Assim sendo, acabam por aceitar que Tomi se junte a eles. Precisam de mais gente para cumprirem as suas missões. É pena não se arranjar nada melhor que um halfling de pouca confiança.

Mais tarde, partem para Trolanport numa carruagem particular. A meio do caminho, são atacados por bandidos com um cão de guerra. Quando o cocheiro se recusa a parar é abatido de imediato. Gwenalôr, que ia ao lado dele, consegue dominar os cavalos mas acaba também por ser derrubado. Gareth sai disparado da carruagem e enfrenta os bandidos directamente. Gwenalôr acaba por se recompor e enfrenta o cão. Tomi passa a maior parte do tempo a lançar setas do interior da carruagem. O combate é longo mas nunca sem perigo real. Eventualmente os bandidos são derrotados, Gareth cura o cocheiro e a viagem para Trolanport prossegue sem mais incidentes.

Chegados a Trolanport, os nossos heróis dirigem-se ao enclave dos Deneith. Lá são recebidos pelos guardas e rapidamente obtêm uma audiência com Grillen. São também informados que a Lei está no interior à espera deles, o que assusta bastante o Tomi até lhe explicarem que Lei se trata duma pessoa e não da lei que o costuma querer prender.

São então conduzidos a uma sala onde Grillen os aguarda. O Deneith mostra-se agradado com o sucesso do grupo e paga-lhes a recompensa devida. Após ordenar que Lense seja levado para descansar, Grillen troca informações com o grupo. Infelizmente, nenhum dos lados parece ter algo de realmente útil. No entanto, Grillen fica intrigado com a placa metálica encontrada no interior da estatueta. “Este símbolo é-me estranhamente familiar.”- diz ele. Não se conseguindo lembrar de mais, Grillen sugere que consultem um gnomo chamado Lokkar que mora em Trolanport, na parte norte da cidade. Lokkar é famoso pelo seu conhecimento enciclopédico sobre tudo e mais alguma coisa. Os Deneith estão interessados em saber mais sobre o culto e, portanto, estão interessados em qualquer informação que o grupo consiga obter. Assim, com Lei novamente reunida a eles e Tomi no lugar de Skaar, os nossos quatro aventureiros partem à procura de Lokkar.

Por sorte, Tomi já ouviu falar de Lokkar e oferece-se para guiar o grupo até casa dele. Por azar, Tomi não é grande guia e acaba por levá-los para os lados de um beco de mau aspecto onde são atacados por bandidos. Mas simples bandidos não são desafio para aventureiros talentosos e acabam por ser derrotados facilmente. Depois deste percalço, acabam por chegar a casa de Lokkar. “Cá estamos” – diz Tomi – “deixe-me falar com ele sozinho. Nós, malta pequena, entendemo-nos lindamente uns com os outros.” Os restantes afastam-se e Tomi bate à porta.

Tomi é recebido por uma pequeníssima figura (chega ao joelho do halfling) que pode ser descrita como uma estátua de barro viva e incrivelmente feia. O espanto de Tomi aumenta ainda mais quando a criatura o saúda e lhe pergunta o quer. Refazendo-se da surpresa, Tomi pede uma audiência com Lokkar. A criatura desaparece para o interior da casa e o gnomo lá aparece, convidando Tomi a entrar. No interior, Lokkar analisa a peça e consegue reconhecer os desenhos como sendo traços vestigiais da Marca da Sentinela – a marca carregada pela Casa Deneith. Lokkar sabe que existe uma placa metálica deste género para cada Marca e, por extensão, para cada Casa. Pouco mais pode dizer, excepto que um velho amigo seu – Harath, um druída meio-orc exilado da Casa Tharashk – sabe bastante sobre essas placas e poderá ajudá-los. Harath mora agora nas floresta de Harrow Crowns.

Vários dias depois, os nossos heróis chegam a Starilaskur, na Brelândia – a cidade mais próxima das Harrow Crowns. Após algumas dificuldades monetárias, conseguem finalmente arranjar montadas e partem para a floresta. Na orla da floresta, são forçados a desmontar e seguir a pé. Uma vez na floresta, vagueiam durante horas tentando localizar o druida. Tentam tudo: procurar um rasto berrar o nome dele... chega até a ser sugerido que se pegue fogo à floresta a ver se ele aparece. E nada funciona. Eventualmente, um grupo de Trogloditas ataca os nossos heróis. No entanto, Gwenalôr e Tomi estavam escondidos e, aproveitando-se do elemento de surpresa, cercam os trogloditas que são derrotados rapidamente. Infelizmente, durante o combate, Tomi tropeçou e acabou a espetar-se em cheio contra um Troglodita, ficando completamente coberto do visco que os Trogloditas segregam. Um visco que, para quem não sabe, tem um cheiro incrivelmente ofensivo. No fim do combate, o halfling procura desesperadamente um sítio para se limpar. Acabam por encontrar um pântano. “Serve” – comenta Tomi, enquanto se despe e se atira lá para dentro. De repente, Tomi apercebe-se duma cabana de aspecto pobre no meio do pântano. Esperançoso, tenta alcançá-la furtivamente. Os seus colegas, ao vê-lo em movimento, descobrem também a cabana e seguem nessa direcção. No entanto, um crocodilo bastante grande está a vaguear à volta da cabana, quase como se a estivesse a proteger. Tomi consegue fintá-lo mas os restantes não têm a mesma sorte e acabam por decidir recuar.

Harath, druida meio-orc exilado da Casa Tharashk, acordou para mais um dia na sua cabana. Ele podia esperar muita coisa, mas nunca que um halfling vestindo apenas uma tanga e com uma adaga lá presa lhe surgisse do pântano com um ar triunfante. E no entanto foi o que aconteceu. “Salve excelentíssimo Harath.” - diz Tomi enquanto faz uma vénia exagerada e trapalhona – “Sou Tomi Quickfoot. O seu velho amigo Lokkar mandou-me ter consigo.” Tomi consegue eventualmente ganhar a confiança de Harath e chama o resto dos seus amigos à cabana, assegurando-lhes que o crocodilo não lhes fará mal.

Todos reunidos na cabana, vão conversando com Harath. Reparam, no entanto, que ele tem o braço esquerdo sempre coberto e quase nunca o mexe. Eventualmente, mostram-lhe a placa metálica. “Sim, eu conheço isto. Já ouvi outra como esta mas com vestígios da marca da minha casa. Conto-vos tudo o que sei. Mas antes, têm de fazer algo para mim.” Harath levanta-se e começa a descobrir o seu braço esquerdo, revelando que este está completamente devastado. A maior parte da carne foi arrancada. Apenas resta a pele, onde está bem visível uma Dragonmark desenvolvida. “Quando a minha casa me exilou, tentaram tirar-me a marca. Isto é tudo o que resta do meu braço. Quero que me ajudem a curá-lo. Ando a trabalhar num ritual para esse efeito. A única coisa que me falta é água duma nascente no norte desta floresta. Tragam-ma e falaremos. Mas tenham cuidado. A nascente é propriedade dum grupo de sátiros e eles não gostam nada que outros lhe acedam.”


Tá feito. Como podem ver o Tomi contina presente na campanha. Infelizmente para ele, isso vai mudar em breve... [inserir música de mau agoiro]

Rolem vintes,
-Skaar

Thursday, October 19, 2006

7 - A Nova Vocação da Lei Lin

Como mencionei no ùltimo post, perspectivam-se algumas mudanças no "elenco" da nossa campanha. Isso deve-se à Lei. Em termos simples, ela não gostou de jogar um Bard. Pessoalmente também não sou grande fã da classe. Mas isso agora também não importa.

Continuando, o grupo achou por bem ter uma conversa com ela sobre o assunto e acabou por se decidir que ela iria mudar de classe mas manter a mesma personagem. Como ainda tínhamos jogado pouco (sobretudo a Lei) achou-se que um retconzinho seria o mais simples a fazer. E assim foi.

A Lei queria jogar uma "princesa guerreira, tipo a Xena." Após debater algumas opções, chegou-se à conclusão que Bárbaro seria a classe mais indicada para o que ela queria. Ora, já havia um Bárbaro na party. E visto que dois não fazem grande sentido, o Skaar foi atirado para a reforma antecipada. Eu até gostava do personagem mas não é assim tão complicado rolar outra coisa (embora tenha levado imenso tempo a decidir exactamente o que rolar) e acho que se deve tentar garantir que os novatos tenham uma boa primeira experiêncìa.

Para o lugar do Skaar-personagem entrará, em princípio, o Tomi que já fez uma aparição no epílogo da semana passada. É possível que venha a ser outro personagem mas, como ainda não é certo, falarei disso quando e se acontecer. Em relação ao Skaar-blogger, intrépido comunicador de D&D... podem estar descansados que vou continuar por aqui a postar.

Voltando à Lei Lin, posso-vos dizer que ela ficou bastante mais entusiasmada com esta nova versão da personagem do que com a anterior e que estava bastante ansiosa por experimentá-la. E foi o que fez na sessão desta semana. Falando nisso, vou ver se ainda consigo postar o report hoje ou amanhã mas não tenho acesso às minhas notas por isso é capaz de só aparecer na segunda.

Rolem vintes,
-Skaar

Sunday, October 15, 2006

6 - Comentários e Epílogo

Boas.

Como o report da sessão já foi longo que chegue, achei melhor deixar as restantes cenas para outra altura.

Para começar, algumas notas em relação à sessão. Como devem ter reparado, apenas jogamos três. Isso poderia ter complicado as coisas. Aliás, estaria a mentir se dissesse que a última luta não assustou um bocado. Mas já falaremos dessa luta mais á frente.

Apesar de termos sido apenas três, a sessão correu muito bem. As personagens tiveram uma química muito boa e, entre os três, foi possível cobrir quase sempre todas as necessidades que surgiram. Além disso, a cena em que Gwenalôr se espetou numa armadilha por não querer atravessar a clareira deu para rir um pedaço. A do Kobold preso, libertado e morto também foi bastante divertida. Pessoalmente, prefiro grupos maiores (embora, no caso de D&D 5 seja o meu máximo) e, no início, fiquei um bocado preocupado que fôssemos ter uma sessão fracota. Felizmente estava enganado.

Quanto aos combates, correram todos relativamente bem graças a três coisas. Em primeiro, uma party razoavelmente bem equilibrada em termos de combates (já o tinha dito anteriormente. Nesta sessão apenas nos faltou o bardo. E, embora seja um pouco cruel dizê-lo, os bardos não valem grande coisa em combate. Particularmente no início). Em segundo, os Action Points. Pode-se dizer muita coisa sobre eles, mas a verdade é que dão imenso jeito e ajudaram bastante a fazer a diferença (houve pelo menos três golpes mortais que entraram graças a eles). Em terceiro, vou reclamar mérito para a nossa brilhante conduta táctica. Organizamo-nos de forma impecável e tiramos o máximo partido das manobras e posicionamento. Bom, talvez isso não tenha feito diferença mas eu gosto de pensar que sim.

Para concluir os comentários, gostaria de falar do último combate. Sem querer entrar em grandes tecnicalidades, o encontro era bastante difícil para um grupo de nível 1 como nós (para os connoisseurs posso dizer que o Encounter Level era à volta de 5). Ainda mais sendo só três. O plano do DM era que tanto o cultista como o seu assassino de couro escapassem nas montadas e a party limpasse os lagartos e salvasse o miúdo. Era suposto a party ver o gajo de couro matar o lagarto e depois ver os dois a fugir - um pouco como numa "cutscene" ao estilo dos RPGs dos jogos de vídeo. Ora, criar este tipo de cenas é um erro que DMs estreantes cometem às vezes, esquecendo-se da liberdade absoluta que se tem (ou deve ter, mas isso fica para outra altura) em D&D comparando com a dos jogos de vídeo. Felizmente, o nosso DM soube adaptar-se bem à situação. O cultista, que era o mais importante, conseguiu fugir e o outro morreu num combate bastante bem executado tendo em conta que era um improviso. E se um assassino com uma adaga mortal e uma armadura de couro for necessário para os planos futuros do culto, eles não são assim tão difíceis de encontrar.

Para terminar isto fica um pequeno epílogo que jogamos mais tarde. O objectivo deste foi preparar algumas potenciais mudanças de personagem que se podem vir a verificar.

Na caverna, o seu inimigo morto, os nossos heróis recuperam o fôlego e fazem o ponto da situação. Cultista: em fuga. Mauzão de couro: morto e revistado. Lagartos: mortos apenas. Heróis: feridos mas longe de mortos. Miúdo: não morto (espera-se) e prestes a ser libertado.

Examinando agora a gruta com mais calma, o grupo encontra uma estatueta de um demónio grotesco qualquer feita de barro. Gareth não perde tempo em destruí-la em nome da Sovereign Host. O estranho ídolo começa a sangrar e acaba por revelar no seu interior uma pequena peça de metal com umas estranhas runas. Gwenalôr liberta a criança e após verificarem que ele está vivo (apenas a dormir) abandonam a gruta.

À saída são emboscados por 2 kobolds. Skaar, que vinha na frente, tomba perante uma investida de lança. Gwenalôr reage com rapidez e mata o outro kobold com uma flechada certeira. Mas, antes que mais alguém consiga agir, uma pequena figura surge da mata e encrava uma espada nas costas do Kobold, matando-o de imediato. Quando a poeira assenta, o grupo tem à sua frente um halfling com ar manhoso. Apresenta-se como "Tomi Quickfoot - Halfling por nascença, rogue por vocação."

Após estabilizarem Skaar (o meio-orc ainda vive mas parece estar envenenado), os nossos heróis decidem seguir caminho. Tomi tenta convencê-los a aliarem-se com ele. Tendo em conta a situação complicada em que se encontram, Gareth e Gwenalôr acabam por aceitar.

A viagem de volta é pacata. Lense acorda e tenta resistir e fugir ao grupo de início mas acaba por se acalmar quando vê o material de identificação que lhes foi entregue por Grillen.

Eventualmente conseguem chegar a Wroat, onde Skaar é deixado aos cuidados do templo da Sovereign Host da cidade. O prognóstico não é dos mais animadores: o meio-orc está a ser atacado por um potente veneno que os clérigos não sabem se são capazes de curar. Estafados e sem grandes certezas quanto ao futuro do seu amigo, acabam por ir para uma estalagem passar a noite.

Tal como disse, nada de muito grande ou complexo. Ainda não há certezas quanto ao futuro do Tomi, da Lei ou mesmo do Skaar. Uma coisa é certa, o Skaar que escreve esta treta vai continuar aqui e em breve actualizo-vos com mais informação e um report da próxima sessão que, esperemos, será bastante mais longa.

Rolem vintes,
-Skaar

5 - Report: Sessão 2

Cá está o report da nossa segunda sessão. Depois de ter olhado bem para o primeiro, acabei por não gostar nada do formato. Por isso, vou tentar um estilo diferente com este. É grande por isso, sem mais demoras, aqui vai.

Mais uma manhã normal para os nossos aventureiros. Demasiado normal. Há já vários dias – desde os eventos na King’s Forest – que não têm trabalho. Mas isso muda com a chegada de um mensageiro enviado pela Casa Deneith. Há um trabalho. Lei Lin encontra-se ausente e, após a procurarem sem sucesso durante algum tempo, Gareth, Skaar e Gwenalôr decidem aceitar o trabalho sem ela. São levados para o enclave dos Deneith onde um homem chamado Grillen os aguarda com instruções.

Os Deneith conseguiram obter algumas informações sobre o rapto de Lense (a criança). Existe um Culto do Dragão Abaixo que opera numa floresta não muito longe da King’s Forest. Não costumavam dar problemas, contentando-se em habitar a floresta e praticar os seus rituais obscenos. Mas, ultimamente, através de um grupo de Kobolds têm-se tornado mais ousados. Atacam viajantes, assaltam carruagens, roubam... Os Deneith têm a certeza que esse culto está envolvido no rapto. Desdobrando um mapa do Sul da Brelândia sobre a mesa, Grillen aponta uma pequena floresta sem nome perto de Shadowlock Keep. “É aqui que eles operam – diz – queremos que vocês os encontrem. Se voltarem com informações úteis serão bem pagos. Se voltarem com a criança, serão muito bem pagos. Tomem estas insígnias. Identificam-vos como agentes ao nosso serviço e serão úteis se precisarem de colaboração de outros membros da Casa. Alguma pergunta?”

Uns dias depois, após uma viagem sem percalços, Skaar, Gareth e Gwenalôr encomtram-se na orla da floresta. O elfo embrenha-se no seu interior de imediato e avança. Procurando algum indício que os leve ao encontro do misterioso Culto. Gareth e Skaar seguem-no de perto. Prosseguem assim durante bastante tempo até que, de repente, Gwenalôr manda parar e aponta numa direcção. “Vem alguma coisa naquela direcção.” – Instantes depois, um lobo solitário salta dos arbustos. No entanto, graças ao aviso de Gwenalôr, o grupo estava pronto para ele e Gareth despacho-o com uma martelada violenta. Continuam caminho até que pouco depois Gwenalôr encontra finalmente um trilho de pegadas. Seguem-no.

Eventualmente, o trilho leva-os até uma clareira. Gwenalôr sugere contorná-la mas Gareth tem uma ideia melhor – mandar o Skaar atravessá-la. O meio-orc assim faz e nada lhe acontece. Vendo que não há perigo, Gareth segue-o. Ainda assim, Gwenalôr decide contornar a clareira e, num embaraçoso revés do destino, pisa uma armadilha e acaba a precisar de cuidados de Gareth. Após isso, seguem adiante.

Eventualmente, saem do mato e deparam com um caminho de terra. Cinco Kobolds aguardam-nos. Três lançam-se de imediato sobre o Skaar, enquanto os outros começam a lançar pedras. O combate segue-se forte e furioso. No final, quatro Kobolds estão mortos e Skaar prende o quinto no ar.

Gwenalôr, que fala Dracónico tenta interrogar o Kobold. No entanto, isso revela-se problemático. A criatura está completamente aterrorizada. E não é do grupo, mas sim de outra coisa ou pessoa qualquer. Apenas o consegue fazer indicar a direcção onde se encontram humanos. Percebendo que não irão obter mais nada do Kobold, Gwenalôr convence Skaar a soltá-lo (o plano original do meio-orc era matá-lo). No entanto, isso acaba por ser inútil pois, mal Skaar solta o bichinho, Gareth esmaga-lhe a cabeça com o martelo. Pobre Kobold... a sua cabeça acabou a tocar o chão ao mesmo tempo que os pés.

Tendo finalmente uma direcção certa para seguir, o grupo prossegue, desta vez com Gwenalôr seguindo bastante à frente a bater o caminho. Eventualmente, o elfo avista uma caverna guardada por três homens-largarto. Um dos lagartos, aparentemente o líder, está a dar umas instruções aos restantes. Gwenalôr apenas consegue ouvir pedaços soltos. “Elesss vêm aí...”; “Quando ssubirem, não façssam nada...”. Pouco depois, surgemduas figuras humanóides – um com um robe e um capuz negros e o outro com uma armadura e máscara de couro. Num gesto inesperado, o homem da máscara agarra um dos lagartos e crava-lhe uma adaga no peito, matando-o de imediato. De seguida, chama dois cavalos que estavam ali perto e ambos os homens se preparam para partir. Não perdendo mais tempo, Gwenalôr age e lança uma flecha contra o mascarado quando este se preparava para montar. Quase imediatamente a seguir surgem Gareth e Skaar, atraídos pelo som do lagarto que morreu. O homem mascarado avança em direcção ao grupo e diz para o de capuz: “Vai-te embora. Eu trato disto.”

Seguiu-se um combate violento. Skaar, enfurecido ao máximo, vai prá frente e tenta destruir todos. Gareth tenta acompanhá-lo e vai usando magia para aumentar as capacidades de combate. Gwenalôr apoia-os com setas da retaguarda. Inicialmente, o mascarado e os seus capangas ganharam vantagem. Mas, usando todos os truques que tinham (incluindo poções) o grupo consegue matar ambos os lagartos e ferir gravemente o mascarado. Este tentou fugir para o interior da caverna. No entanto, não conseguiu ir longe. Skaar apanhou-o rapidamente e, com um último e violento golpe de machado, esborrachou-lhe a cabeça contra uma parede. No interior da caverna, além do seu inimigo morto, encontra-se uma jaula de madeira. No seu interior, uma criança inconsciente...


Está feito. O que acham?

Rolem vintes,
-Skaar

Friday, October 06, 2006

4 - Novo Look

Hoje fiz ponte (na verdade, fizeram-na por mim) e portanto aproveitei para mexer em algumas coisas aqui.

Novo layout e algumas alterações menores. Penso que ficou melhor.

Rolem vintes,
-Skaar

Thursday, October 05, 2006

3 - Report: Sessão 1

Cá está o relato da nossa primeira sessão. Ainda estou a trabalhar no formato por isso qualquer sugestão seria bem-vinda.


A primeira sessão serviu primariamente para introduzir os personagens e a aventura. Por uma questão de simplicidade, decidiu-se que a party já se conhecia e andava junta à algum tempo. Assim evitam-se aquelas apresentações que nunca têm muito a ver e não se perde tempo com os jogadores à procura duma razão para o seu personagem se querer juntar aos restantes. Pessoalmente, não tenho problema com esta abordagem, embora prefira que nestes casos os jogadores gastem algum tempo a definir uma história para o grupo e as relações entre os PCs. Não houve tempo para isso mas também não faz grande mal.

De qualquer modo, a origem da party é simples. São um grupo de aventureiros que se uniu em Sharn (embora o como e porquê estejam ausentes) mas que acabou por se mudar para Zilargo para efectuar o seu primeiro trabalho. Esse trabalho foi encomendado pela Casa Canith e era bastante simples: recuperar um Construct que tinha começado a trabalhar mal e levá-lo para Trolanport onde seria reparado. Quando a aventura começou a party estava na viagem de carruagem de volta para Trolanport com o Construct a bordo.

A viagem de carruagem no entanto, é interrompida por um homem que sai a correr duma floresta (a King's Forest) ensanguentado e cheio de setas a pedir ajuda. O homem pertence à Casa Deneith e viajava numa carruagem através da floresta. Tinha de proteger uma mulher da Casa e o seu filho. Escusado será dizer que falhou. Pede ajuda à party que acaba por aceitar (não sem antes o Skaar fazer vários protestos sobre abandonar o Construct e falhar o trabalho original). Embrenhando-se na floresta, a party segue um trilho de sangue, setas e um ou outro cadáver até chegar à carruagem que o homem mencionou. Uma mulher encontra-se deitada no chão e algo ou alguém encontra-se escondido nos arbustos por trás da carruagem. Aqui, a impetuosidade do Skaar sai-lhe caro. Enquanto o Gwenalôr decide ir à frente e bater o caminho sorrateiramente, o resto da party fica para trás à espera. No entanto, Skaar aborrece-se e carrega para cima da carruagem, berrando qualquer coisa em Orc. O misterioso inimigo sorrateiro revela-se. 3 Kobolds atacam. Um carrega com uma lança enquanto os outros se divertem a atirar pedras. No entanto, os Kobolds não são muito bons para combates e são despachados rapidamente.

Depois do combate, a party investiga o local. A mulher está morta e a criança desaparecida. Gwenalôr encontra algumas pegadas. A party decide segui-las e eventualmente chega a uma clareira onde dois Kobolds estão aparentemente perplexos com a morte de um terceiro que se encontra estendido à frente deles. A party enfrenta e derrota estes dois Kobolds com facilidade. Depois do combate, descobre-se um bilhete escrito em Draconico. Gwenalôr consegue ler. "Tragam a criança. Matem o resto." Apesar do bilhete, a party parece ter chegado a um beco sem saída. As pegadas que vinham a seguir desaparecem repentinamente no interior da clareira e não há mais pistas. Regressam à sua carruagem para ver como se encontra o homem que lhes pediu ajuda.

De volta à sua carruagem, a party decide interrogar o homem que lhes pediu ajuda. Gareth usa um feitiço para curar o homem e a party questiona-o sobre várias coisas. O homem - Philneas - explica que ele e os restantes estavam ali para proteger a criança pois ela é muito importante para a Casa Deneith. Apesar de ser muito nova já possui uma Dragonmark e já começa a manifestar os poderes da marca e a evolui-la. Ao saber que a criança está perdida e a sua mãe morta, o homem pede ajuda à party. Se eles o ajudarem a chegar a Trolanport serão recompensados. Antes de partir, no entanto, vão buscar os cadáveres da mulher e dos seus guardas (Gareth insiste que eles sejam levados para Trolanport para serem enterrados) bem como alguns documentos. Feito isso, seguem para Trolanport sem mais problemas.

De volta a Trolanport, Lei e Gareth vão levar Philneas ao líder do enclave da Casa Deneith enquanto Skaar e Gwenalôr levam o Construct ao enclave da Casa Canith. A segunda entrega decorre sem problemas - são pagas algumas moedas e duas poções pelo serviço. Já com os Deneith surgem alguns problemas quando Lord Grazen ir'Talan, o líder dos Deneith, diz que Philneas vai ser castigado pelo seu falhanço. Gareth passa-se e exige garantias que Philneas não vai ser torturado ou morto. Chega a ameaçar Lord Grazen dizendo "Eu tenho um martelo." Lembram-se de eu ter dito que ele gostava de confrontos? Felizmente, a coisa acaba por se resolver e a party recebe algumas moedas de ouro pelo serviço prestado.

A party tem agora contactos com duas Casas e a possibilidade de futuros trabalhos para elas. Mas, por agora, não há mais nada a fazer e a sessão termina.


Espero que este primeiro report esteja porreiro. Uma vez mais, qualquer sugestão seria apreciada. Não é giro eu achar que há pessoas que realmente lêem isto?

Rolem vintes,
-Skaar

2 - A Campanha, o DM e os Jogadores

Bem, isto demorou bastante mais tempo do que estava a pensar. Quando arranquei o blog tinha esperança de apresentar o grupo no dia seguinte. Mas houve atrasos em comunicar com todos (só mesmo no dia da sessão é que tive todas as autorizações) e depois faltou-me tempo para escrever. Mas hoje é feriado por isso tempo é coisa que não falta. Assim sendo, dedico este post à República cá da terra.

Conforme prometido, vou apresentar-vos o grupo. Ficam já avisados que sem conhecimento de Pen & Paper e do Setting de Eberron há muita coisa que não vão entender.

A campanha - Estamos a jogar D&D, no setting de Eberron. Começamos a campanha a nível 1. Ainda não jogamos muito, mas parece que a campanha vai involver bastante as Dragonmarked Houses.

O DM - é um jogador com cerca de dois anos de experiência. Está a ser DM pela primeira vez. Para já parece estar a adaptar-se bem. Tem tido alguns problemas em fazer os diálogos dos NPCs fluir bem e, ocasionalmente, perde-se demasiado em detalhes pouco importantes. Fora isso, corre tudo bastante bem. Os combates são fluídos e a história da campanha parece interessante. As sessões também estão a ser bastante porreiras.


Os Jogadores:
  • Skaar - sou eu. Jogo um bárbaro meio-orc das Demon Wastes. Sim, bárbaros meios-orc não são a coisa mais original de sempre mas enfim. Gosto de personagens pouco subtis que resolvem as coisas com uma arma grande. De qualquer modo, o Skaar é basicamente o músculo de serviço no grupo. Não é muito esperto mas também não precisa de ser. Desde que seja pago alinha nos esquemas da party sem problemas. Fãs da série Firefly podem ficar a saber que ele foi parcialmente inspirado pelo Jayne. Quanto a mim como jogador, ando nisto há uma data de tempo. Sou um dos fundadores do grupo de Braga e tenho estado activo nele quase sempre, frequentemente como DM. Já não participava numa campanha como jogador há bastante tempo portanto estou bastante satisfeito com a oportunidade de jogar e evoluir um personagem durante uma campanha inteira.
  • Gwenalôr é um elfo Ranger de Valenar virado para o uso de arcos. A party ainda não sabe muito sobre ele pois não é uma pessoa que partilhe histórias. No entanto, os Valenar são famosos pela sua mestria com espadas e não arcos. Somando a isto o seu silêncio sobre a sua origem, é possível fazer umas especulações divertidas sobre ele. Quanto ao seu jogador é também um "veterano" embora só esteja connosco há cerca de um ano. Costuma dar bastante importância aos aspectos de roleplay, história e personalidade dos seus personagens. Às vezes a custo dos aspectos mecânicos e de combate. Ao contrário dos restantes personagens, o Gwenalôr foi concebido e montado a solo (a primeira versão do personagem era um arqueiro humano de Karrnath) e os restantes jogadores, tal como os personagens, sabem pouco sobre ele. É, pois, o homem-mistério do grupo. Aliás, elfo-mistério.
  • Gareth Edge é um Clérigo humano da Sovereign Host que nasceu e cresceu em Sharn. Juntou-se à igreja para cumprir uma promessa do pai e acabou por ser enviado para o exterior devido a "incompatibilidades" com a cadeia de comando. O seu jogador é bastante experiente. Ele e o Gwenalôr começaram a jogar juntos no seu grupo há já alguns anos. Foi um dos fundadores do nosso grupo há cerca de 3 anos e foi através dele que o Gwenalôr começou a jogar connosco. Tende a ser um jogador equilibrado ligando igualmente a ambos os aspectos do jogo. No entanto, gosta muito de personagens conflituosas que, por vezes, se pegam com NPCs benignos ou outros party members. A ver vamos o que acontece com o Gareth.
  • Lei Lin é a novata do grupo. Está a fazer a sua estreia nos RPGs de Pen & Paper. É uma Bard humana que se preocupa primariamente consigo própria. Originária dos Principados de Lhazaar tem, como é costume nessa região, uma quantidade saudável de desrespeito pela lei e ordem, o que faz o seu nome um pouco irónico. Sendo uma estreante, a Lei ainda está a aprender uma data de coisas importantes. Quer sobre mecânica, quer sobre roleplay. No entanto, tem entusiasmo e, para já, parece estar a gostar. Com sorte, metemos o vício a mais uma.


E cá estão eles. Penso que temos uma boa mistura de estilos de jogo e também uma party razoavelmente equilibrada em termos de combate. À medida que formos jogando dará para ver melhor. Os perfis dos vários personagens também vão ser actualizados à medida que eles se forem desenvolvendo.

Como já disse, hoje tenho imenso tempo para escrever portanto vai aparecer um outro post aqui. O relato da primeira sessão.

Rolem vintes,
-Skaar

Sunday, October 01, 2006

1 - O Primeiro Post

Saudações e bem-vindos ao BragaRP - um blog sobre as aventuras dum grupo de Roleplay sediado, como o nome indica, em Braga.

Este blog é uma experiência - na verdade duas. A primeira é a de fazer um blog regular. Já tentei um par de vezes mas a coisa nunca acaba bem. Ou melhor, acaba sempre cedo, muito cedo. Ao fim de prái duas semanas. Desta vez, há mecanismos montados para garantir que isto dure.

A segunda (e mais importante) experiência é explorar a relação que um Blog e uma campanha de Roleplay podem ter. É bastante comum manter-se um registo escrito das aventuras dos jogadores à medida que a campanha se vai passando. A ideia aqui é esse registo estar à vista de todos para quem quiser poder seguir/comentar o jogo. Isto, partindo da altamente improvável assunção que alguém tem o mínimo interesse nisto. De qualquer das formas, é algo primariamente virado para o grupo.

Aqui vou postar semanalmente um resumo das aventuras da nossa party na sessão da semana. Além disso, falarei de coisas relacionadas com a campanha ou RPGs, sobretudo na nossa zona.

Claro que um grupo de Roleplay contém mais gente do que um nabo com ilusões de importância. Espero apresentar-vos todo o grupo no próximo post. Assim que obtiver a autorização deles, isto é.

Até lá...

Rolem vintes,
-Skaar